
Deputados federais, entre eles o sul-mato-grossense Carlos Marun (PMDB), protocolaram na quinta-feira (25) o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. O pedido foi protocolado com mais de 200 assinaturas de deputados e mais de 30 de senadores.
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Agora, os apoiamentos serão conferidos pelos técnicos legislativos. Para que o colegiado seja instalado, são necessárias, no mínimo, 27 assinaturas de senadores e 171 de deputados federais. Para o vice-líder do Governo na Câmara, Carlos Marun, a criação desta Comissão é uma forma de esclarecer a polêmica envolvendo o presidente Michel Temer. ”Existem muitos pontos a serem explicados. Estamos debatendo e ouvindo especialistas e técnicos para avaliarmos esse acordo de delação que teve uma benevolência inédita na história jurídica brasileira”, disse o deputado.
A Comissão será composta por 13 senadores e 13 deputados, que serão indicados pelos líderes partidários. A CPMI pode ser instalada logo após a leitura do ato de criação pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). De acordo com Marun, existe um acordo para que o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) seja o presidente da Comissão.
O objetivo da CPMI será investigar a atuação do frigorífico JBS no mercado financeiro. O requerimento distribuído aos parlamentares faz menção aos “danos causados” pela empresa ao mercado financeiro, em referência a uma suposta operação de compra de dólares por parte da companhia antes da divulgação do conteúdo das denúncias. Os irmãos Batista, Joesley e Wesley, serão convocados para depor no Congresso.