‘WSJ’: mercado de cana de açúcar do Brasil em emergente declínio
Por Redação Publicado 1 de outubro de 2015 às 19:59

Virgolino de Oliveira SA está com sua relação bem desgastada com as empresas de mercados emergentes que acumularam capacidade para atender à demanda por commodities da China só para vê-las desmoronar

A empresa deixou de pagar seus impostos em fevereiro e não conseguiu renegociar sua dívida, de acordo com os dados da Fitch Ratings. A empresa não se manifestou, mas de acordo com Claudio Miori, analista da Fitch, ele está prestes a se juntar a um quinto das empresas brasileiras de cana de açúcar, pedindo falência e em débito com suas contas. “Ele parou de pagar as fazendas de can de açúcar”, disse o Sr. Miori, se referindo ao Virgolino de Oliveira. “Eles pararam de pagar os bancos. Eles são apenas um ponto de referência”, afirma ao jornal The Wall Street Journal.

De acordo com a reportagem, Virgolino de Oliveira vendeu 300 milhões denominadas em títulos de dólar em 2012 para expandir suas operações, antecipando que o preço do açúcar bruto, que na época custava os 25 centavos por libra, chegaria esse nível. Outras empresas de açúcar do Brasil, considerado o maior produtor mundial, apostaram o mesmo, ou seja, que a crescimento global da classe média, manteria os preços das comidas, especialmente, do açúcar, e seus derivados.

Contudo The Wall Street Journal destaca: Eles estavam errados. O preço do açúcar chegou ao mais baixo em sete anos em agosto de 2015. Desde o início de 2010, os investidores colheram mais de 1 trilhão dos mercados emergentes, de acordo com o Instituto de Finanças Internacional. Sendo que, 10% deste valor, veio para o Brasil. A produção de cana de açúcar do Brasil, bateu o recorde de 38.4 milhões de toneladas, em 2010, o dobro de uma década anterior. No ano seguinte, a safra de produção de açúcar de primeiro de outubro, foi estimada em 36 milhões de toneladas, de acordo com o USDA.

Fonte: Portal do Agronegócios