Vítima de preconceito, Greg Louganis lembra de surra: "Socaram meu rosto"
Por Redação Publicado 10 de agosto de 2016 às 11:50

Portador do vírus HIV e homossexual, americano se identifica com Rafaela Silva, que foi criticada após derrota em 2012, e diz que usou adversidade como motivação

Maior atleta dos saltos ornamentais de todos os tempos, Greg Louganis se identificou com a história da judoca brasileira Rafaela Silva, que superou o preconceito e desconfiança antes de conquistar o primeiro ouro olímpico do Brasil nos Jogos do Rio de Janeiro. O americano, que assumiu ser homossexual e portador do vírus da HIV, disse que, quando era criança, chegou a sofrer bullying por ter um jeito afeminado e pela cor de sua pele.

Em entrevista ao programa “É Campeão!”, o americano disse que chegou a ser agredido em um ponto de ônibus e usou todo o sofrimento como motivação para vencer. Louganis tem 47 títulos nos Estados Unidos, cinco mundiais, cinco medalhas olímpicas, sendo uma prata (Montreal 1976) e quatro ouros (dois em Los Angeles 1984, dois em Seul 1988).

– Eu sofri bullying quando era criança porque eu era um pouco afeminado. Eu tinha uma pela talvez um pouco mais escura e a maioria dos outros garotos tinha a pele clara. Me chamavam de outros nomes e levei uma surra quando estava no ponto de ônibus. Socaram o meu rosto contra o asfalto. Eu jurei a mim mesmo naquela ocasião porque tudo isso pode motivar muito. Eu levei no peito, assumi isso com toda a força e disse: “Eu vou ser o melhor em alguma coisa”. Não sabia o que era, mas eu seria certamente o melhor e mostraria isso para eles. Eu queria que o meu desempenho falasse isso por mim. Eu vivi toda a minha vida assim.

Greg disse que, desde que entrou no esporte, só tinha como objetivo vencer. Para isso, ele lembra que ausências em treinos em consideradas derrotas. A primeira medalha olímpica veio de forma precoce, com apenas 16 anos, a prata nos Jogos de Montreal, em 1976.

– Eu consegui, quando participei da minha primeira Olimpíada, ser treinado por um vencedor de medalhas. Meu único propósito quando tinha 16 anos era conquistar a medalha de ouro. Eu ficava triste quando perdia um treino e sentia que tinha falhado. Isso serviu como motivação para me levar para frente e ser o melhor do que eu poderia ser. Dois anos depois eu fui campeão do mundo. Perdemos os Jogos Olímpicos de 1980 (devido ao boicote dos EUA) e participei de saltos em outras competições.

Fonte: Ge

Economia Ministros do Tribunal Superior Eleitoral discutem conceder mais prazo para as defesas da ação Dilma-Temer se manifestarem no processo. Se eles acatarem as chamadas preliminares dos advogados, o julgamento- que começará na semana que vem- pode ser suspenso. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, deve marcar o julgamento para o começo da semana que vem. Antes do ministro Herman Benjamin entrar no mérito do seu voto (cassa ou não), ele começa pelas preliminares. As preliminares são contestações e circunstâncias levantadas pelas partes do processo. A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu, antes das alegações finais, que o relator concedesse mais prazo para que eles pudessem analisar documentos sobre a Lava Jato que haviam sido anexados ao processo. Eles queriam cinco dias, mas Benjamin concedeu 48 horas. Segundo ministros ouvidos pelo blog, a corte pode decidir durante o julgamento na semana que vem conceder os cinco dias às defesas. São cinco dias corridos. Se isso ocorrer, o julgamento que deve começar na semana que vem será suspenso e os advogados são intimados. Depois dos cinco dias, as defesas apresentam novas alegações finais e o julgamento já pode ser pautado novamente. O julgamento poderia ser pautado novamente na semana da Páscoa. Na quarta-feira, porém, o feriado no Judiciário começa na quarta-feira. Além disso, o ministro Gilmar Mendes estará no exterior. Neste cenário, o ministro Henrique Neves não participa do julgamento. O mandato de Neves acaba dia 16 de abril. Na semana seguinte à da Páscoa, o ministro Gilmar Mendes participará de um evento no exterior, que começa dia 18 de abril em Portugal. Depois, ele acompanha no domingo dia 23 de abril eleições presidenciais na França. Sua previsão de volta é a última semana de abril. Nas contas de integrantes da corte, o julgamento só deve ter nova data a partir da última semana de abril.