Vereador da “carteirada” responde processo por assassinato
Por Redação Publicado 25 de fevereiro de 2017 às 15:25

Vereador de Paraíso das Águas José Divino Francisco da Silva (54), conhecido como “Fio do Povo”, suspeito de ter tentado “dar carteirada” em policiais que pararam a filha dele em uma blitz, responde por assassinato. Em 2009, ele matou Alzemiro Cordeiro dos Santos, o “Miro Borracheiro”, com três disparos de arma de fogo praticamente a queima roupa.

O caso está em tramitação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Segundo o Ministério Público Estadual, o crime aconteceu por volta de 12h do dia 10 de junho de 2009, em frente a um comércio na Avenida Manoel Rodrigues da Cruz, Centro do Distrito de Paraíso das Águas.

José Divino armado com um revólver calibre 32 chegou ao local em um caminhão da prefeitura e, após uma discussão, sem descer do veículo, atirou três vezes atingindo e matando Alzerimo. Conforme o MPE, a vítima buscaria o filho na escola e o crime teria sido motivado por conta de uma dívida não paga de um pneu e roda de trator.

De acordo com o processo, a vítima estava numa motocicleta e, ao receber os disparos fatais, ainda de capacete, caiu e manteve a mão direita no acelerador do veículo, o que demonstra não ter esboçado qualquer reação. Por fim, consta no processo, para escapar do flagrante, o denunciado empreendeu fuga do distrito da culpa”, define a acusação.

Como não foi condenado, José Divino pode exercer cargo público sem ferir a Lei da Ficha Limpa. No início da semana, ele foi flagrado tentando intimidar policiais militares que pararam a filha dele em uma blitz. Irritado, teria desferido ofensas e ameaças contra a equipe da PM e prometido chamar o secretário estadual de Segurança Pública, José Carlos Barbosa, o Barbosinha.

No episódio com a Polícia Militar, blitz acontecia exatamente na Avenida Manoel Rodrigues da Cruz, onde Alzemiro foi assassinado. O vereador teria chegado ao local após veículo Fiesta da filha, ter sido abordado e constatado que não portava a C.N.H. Um dos policiais relatou que não conhecia todas as pessoas da cidade e que, mesmo a mulher sendo filha do vereador, iria cumprir com o dever.