Vazamento é "constrangedor" e será investigado, diz presidente
Por Redação Publicado 2 de outubro de 2015 às 12:54

João Maria Lós diz que situação é desagradável e constrangedora

Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, o desembargador João Maria Lós falou nesta sexta-feira (2) sobre o “desconforto” causado entre o TJ e o Ministério Público Estadual (MPE) depois de vazamento de informações sigilosas sobre a Operação Coffee Break, desdobramento da Lama Asfáltica. Segundo Lós, procedimento será instaurado para apurar vazamento de informações para a advogados das partes e imprensa.

Na última terça-feira (29), a imprensa noticiou os pedidos feitos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) à Justiça para prender Gilmar Olarte e o empresário João Amorim e para afastar 17 vereadores antes mesmo do desembargador relator do caso, Luiz Carlos Bonassini, ter conhecimento das solicitações.

O presidente do TJ classificou como constrangedora e desagradável a situação de vazamento de informações. “Não pode acontecer. Esses vazamentos serão apurados e vamos instaurar procedimento para isso. Vamos criar novos mecanismos para haver controle maior para evitar esse tipo de caso”, disse.

Ainda de acordo com Lós, está claro que o vazamento não ocorreu no TJ e possivelmente, como o próprio relator do caso, Bonassini, relatou em sua decisão, aconteceu no Ministério Público Estadual.

“O grande problema foi o fato de a informação da prisão estar nos sites antes mesmo do desembargador ter acesso ao envelope com pedido”, completou.

Em relação ao descontentamento do promotor responsável pela investigação, Marcos Alex, sobre não ter sido informado da decretação das prisões na noite da quarta-feira (30), o presidente do Tribunal de Justiça disse que tudo ocorreu conforme os trâmites de costume.

“Ministério Público é parte do processo, não é adequado que a parte vá dar cumprimento a uma decisão judicial. Marcos Alex foi notificado pelos meios legais sobre a decisão. Não pode decretar e ligar para o promotor para informar”, ironizou o desembargador.

PRISÕES

Depois da decretação das prisões de Olarte e Amorim, na noite da quarta. Oficial de Justiça e policial militar procuraram pelos dois pela cidade na manhã de ontem (1º), mas eles não foram encontrados.

Na tarde de ontem, Amorim se entregou na sede do Garras e Gilmar Olarte também se apresentou à polícia na madrugada desta sexta-feira (2), na 3ª delegacia de polícia da cidade.

Fonte: Correio Do Estado