UPAs e Centros de Saúde continuam retendo macas do Corpo de Bombeiros
Por Redação Publicado 18 de abril de 2017 às 08:42
"Esperar" macas, rotina dos Bombeiros

A Central de Regulação do SAMU e administração das Unidades de Pronto Atendimento – UPAs ou Centros Regionais de Saúde, estão provocando há dias atritos com equipes de resgate do Corpo de Bombeiros em Campo Grande. Os problemas se agravaram há 15 dias quando a Central de Regulação “determinou” que os socorristas só fizessem a regulação (informação sobre estado de pacientes e para onde devem ser encaminhados) via telefone e não por rádio.

O resultado da “determinação” foi que socorristas ficavam até cinco minutos ou mais aguardando a boa vontade de atendentes em anotar a situação, mostrar ao médico regulador e então “devolver” o telefonema indicando o destino do paciente, alguns deles até convulsionando. Consta que a ordem seria do Secretário de Saúde do Município.

Os socorristas acionaram os superiores do Corpo de Bombeiros que por sua vez adotaram algumas providências, reuniões com secretário, reguladores e até prefeito, sendo a “medida” suspensa voltando ao sistema tradicional e prático, embora o Corpo de Bombeiros sofra dificuldade com a má qualidade do sistema de comunicação do SAMU e ineficiência de operadores.

MACAS

Um problema já antigo voltou e com intensidade que é a retenção de macas das viaturas de Resgate do Corpo de Bombeiros. Supostamente sem macas em número suficiente, as que equipam as ambulâncias de socorro (Resgate) do Corpo de Bombeiros acabam ficando sem macas, pois são retidas nos postos e principalmente UPAs.

Funcionários de algumas unidades de saúde, chegam a destratar Bombeiros alegando que existe ordem superior para as macas serem retidas o tempo que for necessário, criando mal estar com os socorristas. Com macas retidas, o Corpo de Bombeiros fica com seu sistema de Resgate paralisado e em risco iminente de em caso de acidentes graves, não poder ser mobilizado.

O alto comando do Corpo de Bombeiros há tempos luta para resolver o problema, mas a Secretaria Municipal de Saúde não muda a situação que a qualquer momento pode provocar um caos no sistema de socorro, caso ocorra uma tragédia na cidade. Procurada, a Prefeitura de Campo Grande não retornou o pedido de informação.