
Após perder em casa, Verdão enfrenta os uruguaios em Montevidéu precisando somar pontos. Destaque, atacante se empolga com a Libertadores: “Nosso sonho”
Principal destaque ofensivo do Palmeiras, Dudu já sabe qual deve ser o clima que a equipe agora dirigida por Cuca vai enfrentar nesta quinta-feira, às 21h45, quando encara o Nacional, em Montevidéu, no Uruguai, pela quarta rodada do Grupo 2 da Taça Libertadores da América.
Em casa no Verdão, o atacante é só alegria ao falar sobre o clube e o seu relacionamento com a torcida. Mas, após ser derrotado pelos uruguaios na semana passada, na arena, o camisa 7 sabe que o duelo no estádio Parque Central será de extrema importância.
– Vai ser uma decisão, uma guerra para nós. Ficamos tristes de ter perdido em São Paulo, temos de buscar esses três pontos fora de casa para continuarmos fortes na briga pela classificação – diz Dudu, em entrevista ao GloboEsporte.com (assista ao vídeo acima).
Com quatro pontos, o Palmeiras está um atrás do líder Nacional e empatado na segunda posição da chave com o Rosario Central. Obsessão da torcida alviverde, a competição mexe com o atacante, que classifica o confronto na capital uruguaia como fundamental para a sequência.
– É o nosso grande sonho também, não só da torcida. Isso é de todos que estão no dia a dia do clube. Tem um tempo que o Palmeiras não vence essa competição, temos muita chance. Para isso vamos precisar de um grande jogo contra o Nacional e continuar em busca da classificação. Se classificarmos, será outro campeonato. No mata-mata a nossa equipe é muito forte. A torcida ajuda muito no nosso estádio. Temos tudo para ir longe nessa competição, mas primeiro temos de pensar no Nacional. Vai ser difícil, mas precisamos vencer – completa.
Destaque da equipe, Dudu é sempre apontado como um dos possíveis candidatos a deixar o clube durante a janela de transferências para o mercado europeu. O atleta, porém, tem pensamento completamente diferente.
Na semana passada, em entrevista coletiva, ele surpreendeu quando afirmou que tinha o desejo de permanecer no clube por um longo período. Em alta com os torcedores, o atacante ainda tenta entender o motivo de ter criado uma relação tão intensa com os torcedores.
– Desde o primeiro dia aqui todos me trataram muito bem. A torcida tem um carinho enorme por mim, e eu espero continuar retribuindo dentro de campo, fazendo gols importantes, gols em clássicos, vencendo clássicos, conquistando campeonatos, para aumentar esse carinho. Eu tenho mais três anos, mas se quiserem renovar eu renovo mesmo. Aqui me sinto em casa. Encontrei a felicidade aqui, sou muito feliz aqui e espero ficar por muito tempo – afirma.
– Eu também me acho um torcedor em campo. Não quero nunca perder. Vou na jogada como se fosse a última, a torcida vê isso. Espero continuar assim. Nunca vai faltar garrar e vontade de vencer. Até no treino eu fico brincando que não gosto de perder. Só gosto de ganhar, quando perco volto puto para casa. Gosto de ver a alegria da torcida no estádio.
Veja alguns trechos da entrevista do atacante Dudu:
Destaque do time
– Fico feliz pelas pessoas estarem me vendo como destaque do time. Mas eu compartilho essa responsabilidade com todos. Todo mundo no Palmeiras tem capacidade de decidir um jogo, de fazer gols. Mas fico feliz de me verem assim. É uma responsabilidade a mais para eu estar equilibrado e bem no jogo para ajudar da melhor maneira possível.
Variação tática no ataque
– Desde a base, no Cruzeiro, joguei centralizado, no losango, às vezes pelo lado. Quando o Marcelo chegou, me colocou mais centralizado porque sabia que eu poderia render assim também. Graças a Deus deu muito certo, passei a fazer mais gols e ajudar melhor a minha equipe. No domingo (contra o São Paulo), o Alberto falou que precisaria de mim pelas beiradas, mas que eu tinha liberdade de ir para o meio e trocar pelo Robinho. Deu certo. Pude chegar na área e finalizar. Atacante tem de rondar a área para fazer os gols.
Estilo de jogo da equipe
– Quando estamos com a bola nós temos a liberdade para movimentar. Eu, Robinho, Allione, Gabriel, Rafa… todos. Sem a bola temos de guardar posição, voltar para ajudar a marcar, precisa ser volante quando o time está sem a bola e ajudar, precisa ser atacante com a bola. Estamos começando a fazer bem isso. Fizemos bem contra o São Paulo, agora precisamos fazer bem contra o Nacional.
Marcelo Oliveira
– As coisas não estavam acontecendo com o Marcelo da maneira como todo mundo queria. Infelizmente, ele teve de sair, isso acontece muito no Brasil, de trocar de treinador. O Marcelo é uma excelente pessoa, a comissão dele também, me ajudaram muito quando chegaram aqui, e eu pude ajudá-los também de alguma forma.
Trabalhar com o Cuca
– Eu já tinha trabalhado com ele no Cruzeiro. Excelente pessoa, gente boa, companheiro, ajuda os atletas, espero que ele possa fazer um grande trabalho como fez no Cruzeiro e no Atlético-MG. Ele tem de nos ajudar e nós temos de ajudá-lo para fazermos uma grande temporada.
Fonte: Ge