Testamos o iPhone SE, que chegou com tela de 4 polegadas e processador rápido
Por Redação Publicado 22 de março de 2016 às 11:28

O iPhone SE é tudo aquilo que esperávamos que fosse: compacto, com display de 4 polegadas; preço baixo; visual similar ao do iPhone 5S, cujo lançamento foi há quase três anos; ficha técnica parecida com a doiPhone 6S e iPhone 6S Plus. Depois de testá-­lo na sede da Apple em Cupertino logo após o anúncio do produtos, podemos afirmar: o produto entrega praticamente tudo que promete.

A Apple foi bem sincera ao afirmar que este é o “iPhone mais acessível” já criado pela companhia. O valor de US$ 399 (cerca de R$ 1.500) nos Estados Unidos garante um produto com excelentes especificações – inclusive uma bateria que tende a ser poderosa –, porém sem o design mais “premium” que custa mais.

Nas mãos, é praticamente impossível perceber qual é o modelo mais recente quando colocam um iPhone 5S e o iPhone SE lado a lado. A dica aqui é olhar para a parte traseira, na região superior: o SE tem faixas de coloração diferente, repetindo um padrão próximo do visto desde o iPhone 6.

Embora seja inspirado no 5S, o design do SE mudou um pouco. Sai de cena o metal superbrilhante para dar vez ao metal mais fosco. O acabamento é chamado de “matte” pela Apple americana. Na traseira, novamente um detalhe: a cor diferente é a mesma na maçã e no texto informando o modelo e dados sobre sua fabricação.

Compacto, belo, ainda que datado – o SE é agradável de segurar, bem como de manusear. Sua câmera não fica alojada numa protuberância, o que é uma vantagem. O display (não HD nem Retina) é brilhante, com cores vivas. E além disso, o telefone é leve, com somente 113 g.

Os números oficiais versam sobre o dobro do poder de processamento e três vezes mais capacidade de gerar gráficos neste novo modelo, na comparação com o 5S. Fato é que ao usá­-lo, a diferença é pequena em relação ao que vivenciamos nos modelos mais recentes, da linha 6S. O SE é rápido, executa as tarefas com destreza, e a função multitarefa (ao tocar duas vezes no botão Home) permite navegar pelos apps abertos sem travamentos.

Apesar da propaganda, é preciso destacar os comentários no mercado de que o iPhone SE não possui os mesmos 2 GB de memória RAM do 6S e do 6S Plus. Pode ser um indicativo de que, para usuários que requerem muito do aparelho, o desempenho não seja tão poderoso e fluído quanto nos modelos top de linha.

Ainda assim, estamos falando de um produto intermediário, com preço verdadeiramente interessante nos Estados Unidos. No Brasil, com os impostos e a margem de lucro da Apple, a história pode ser completamente outra. E por sinal, ainda não previsão de disponibilidade e valor do SE no mercado brasileiro.

Passando para a câmera: houve o aumento de 8 MP para 12 MP, com direito à função Live Photos (com suas fotos animadas). Aqui fica evidente a ausência do sensor de pressão 3D Touch. Em vez de aplicar mais força sobre o display, o usuário tem que colocar o dedo sobre a foto e esperar alguns instantes para que ela comece a se mexer.

O app da câmera abre muito rapidamente ao ser pressionado. Da mesma forma, o botão de disparo faz o registro da fotografia e logo o iPhone SE já retorna para a prévia de imagem, para que o usuário já possa fazer uma nova foto. O disparo contínuo mostrou­-se responsivo e sem engasgos durante a experimentação na sede da empresa, em Cupertino.

A bateria também promete boas melhorias. Em alguns cenários, como de execução de vídeo e navegação na web por Wi-­Fi, o aumento pode ser de 30% em relação ao 6S e ao finado 5S. Nada mal. Era um incremento necessário.

O breve teste comprova aquilo que já esperávamos: quem está chegando agora ao mundo dos smartphones e busca um produto acessível terá no iPhone SE um candidato e tanto. Já para quem tem mãos pequenas ou prefere um display menor, novamente o SE se mostra interessante.

Vale lembrar que ela roda o iOS 9.3. A versão mais recente do sistema da Apple foi liberada como atualização para os demais iPhones nesta segunda­-feira (21). Entre as novidades está o Modo Noturno, que reduz a iluminação em tom azul, o que pode facilitar com que algumas pessoas peguem no sono.

Hardware avançada, sistema operacional completo e design de produto de três anos atrás: essa é a combinação que faz do iPhone SE um item interessante. O preço sugerido de US$ 399 vale para o modelo de 16 GB, enquanto o de 64 é vendido a US$ 499.

O iPhone chega às lojas americanas no fim de março em quatro cores: dourado, prateado, rosa e cinza espacial.

E não se deixe enganar. Apesar do anúncio deste modelo, nós ainda esperamos o lançamento do futuro iPhone 7 em setembro deste ano.

Fonte: Tech Tudo