
Presidente ofereceu almoço a tucano em dia sem previsão de compromisso.
Proposta, aprovada em 1º turno na Câmara, limita despesas públicas.
Sem compromissos oficiais previstos para o feriado de Nossa Senhora Aparecida, o presidente da República, Michel Temer, ofereceu na tarde desta quarta-feira (12) um almoço ao ex-presidenteFernando Henrique Cardoso no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência.
De acordo com a assessoria de Temer, no almoço, os dois conversaram sobre aProposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos.
O texto, defendido pelo governo como um dos principais mecanismos para o reequilíbrio das contas públicas, foi aprovado na última segunda (10), em primeiro turno, pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, precisava do apoio de, no mínimo, 308 deputados, mas a proposta foi aprovada por 366 votos a 111, resultado considerado pelo governo como uma “vitória maiúscula”.
Ainda segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência, durante o encontro, o ex-presidente Fernando Henrique repassou a Temer impressões que tem colhido com integrantes do mercado financeiro sobre a proposta.
O G1 procurou o Instituto FHC em busca de mais detalhes sobre o encontro, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Embora a assessoria de Temer não tenha informações sobre outras pessoas presentes ao almoço, a TV Globo registrou o momento em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, deixaram o Palácio do Jaburu nesta quarta.
PSDB
O PSDB foi um dos partidos da base aliada que “fecharam questão” em torno da PEC. Na prática, a legenda decidiu que, se algum parlamentar votasse diferentemente da orientação – ou seja, contra a proposta –, poderia sofrer algum tipo de sanção.
Dos 51 deputados tucanos, 47 estavam presentes à sessão e todos votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos.
Fonte: G1