Telescópio espacial Hubble confirma oceano subterrâneo em lua de Júpiter
Por Redação Publicado 19 de março de 2015 às 23:22

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Por Andrew hellier

Evidências apontam que o oceano recém-descoberto contém mais água do que em todo o planeta Terra.

credito-da-imagem-nasa-esa_253625 O telescópio espacial Hubble da NASA descobriu evidências de um oceano subterrâneo de água salgada em Ganimedes, a maior lua do planeta Júpiter. Acredita-se que o oceano contenha mais água do que em todo o planeta Terra. Ganimedes é a maior lua de nosso sistema solar e também a (CRÉDITO FOTO:NASA-ESA)                 única com seu próprio campo magnético. Este mesmo campo magnético causa auroras boreais, que são feixes incandescentes de gás eletrificado em regiões que circundam os polos norte e sul da lua.

Observando o movimento das auroras de ambos os polos, os cientistas determinaram que um imenso oceano existe sob a crosta da grande lua, afetando seu campo magnético. Uma equipe de cientistas liderada por Joachim Saur, da Universidade de Colônia na Alemanha, teve a ideia de usar o telescópio Hubble para aprender mais sobre o interior da lua: “Eu sempre debati sobre como poderíamos usar um telescópio de outras formas,”, disse Saur. “Há uma maneira de olhar dentro de um corpo planetar? Então eu pensei, a aurora! Já que as auroras são controladas pelo campo magnético, se observar a aurora de maneira apropriada, pode-se aprender alguma coisa sobre o campo magnético. E se souber alguma coisa sobre o campo magnético, então também saberá algo sobre o interior da lua.”, completa.

Se um oceano de água salgada estivesse presente, o campo magnético de Júpiter criaria um segundo campo magnético no oceano que combateria o campo de Júpiter. Esta “fricção magnética” suprimiria o movimento da aurora. Este oceano luta com o campo magnético de Júpiter tão fortemente que reduz o movimento da aurora em 2 graus ao invés de 6 graus que é o que seria caso não houvesse o oceano ali. Os cientistas estimam que este oceano tenha 100 km (cem quilômetros) de profundidade – dez vezes mais profundo que os oceanos terrestres – e está enterrado sob uma camada de gelo de 150 km (cento e cinquenta quilômetros) de espessura.

A primeira suspeita científica de um oceano em Ganimedes ocorreu nos anos setenta, baseada em modelos da grande lua. A missão Galileu da NASA mediu o campo magnético de Ganimedes no ano de 2002, dando a primeira evidência que suportava esta suspeita. A nave espacial Galileu tirou algumas fotos em intervalos de 20 (vinte) minutos para medir o campo magnético, mas suas observações foram muito breves para distinguir com precisão os movimentos cíclicos do campo magnético secundário do oceano.

As novas observações foram feitas usando luz ultravioleta e só foi possível com um telescópio espacial acima da atmosfera terrestre, que bloqueia a maior parte da luz ultravioleta. O telescópio Hubble da NASA comemorou 25 anos no dia 24 de abril do ano passado.

(FOTO DIVULGAÇÃO)

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