Técnicos da Embrapa Pantanal irão, na tarde desta quarta-feira (8), ao lago de água cristalina formado durante escavação de obras de recuperação de vias perto da BR-262, em Corumbá, a 411 quilômetros de Campo Grande. O objetivo é coletar amostras do líquido para análise química.
O agrônomo da Embrapa Herony Ulisses Mehl disse ao G1 que a região tem histórico de água salobra, mas só a análise vai apontar se o líquido é potável ou não.
“Por ser uma região de rocha calcária, existe água com elevado teor de sais, principalmente cálcio e magnésio. Esse tipo de água não é potável tanto para consumo quanto para irrigação de lavouras”, explicou.
Com base em observações iniciais, Mehl classificou o encontro da mina como normal. “A descoberta não é um fato difícil de acontecer. Em todo o subsolo da região existe água. Basta fazer uma escavação, como fizeram em uma certa profundidade, que vai atingir o lençol freático e isso é comum, é normal”, destacou.
O pesquisador acredita que o elevado teor de sais na água influencie na coloração da lagoa. No entanto, ele disse que, por enquanto, não é possível fazer afirmação e apenas a análise vai detalhar a composição da água. Segundo Mehl, o resultado da análise deve sair em até três dias.
De acordo com o titular da Secretaria de Produção Rural, Pedro Lacerda, um engenheiro químico e um geólogo da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) já estiveram no local, coletaram amostras do líquido e o laudo deve sair até sexta-feira (10). Ele informou ainda que o lago deve ser cercado para evitar que a água seja contaminada.
Lagoa
A lagoa de água cristalina foi formada na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, durante escavação de obras de recuperação de vias perto da BR-262. A informação foi divulgada no fim da tarde da segunda-feira (6), pela prefeitura de Corumbá.
A assessoria da prefeitura informou que máquinas retiravam cascalho para usar no nivelamento das vias do assentamento São Gabriel quando uma mina de água começou a aflorar. Em pouco tempo, segundo a prefeitura, a água jorrada pela mina encheu o espaço que já tinha sido escavado.
Segundo o prefeito Paulo Duarte (PT), a água é incolor e inodora e técnicos foram chamados para fazer testes de qualidade e de vazão do líquido. Se ficar comprovado que a água é potável, poderá ser uma alternativa para os moradores da região, segundo o chefe do Executivo municipal.
Fonte: Do G1 MS