Sucesso como a Fedora da novela ‘Haja Coração’, a atriz abre sua casa, no Itanhangá, no Rio, mostra sua coleção de toy art e fala da paixão pelos bichos, a maior parte deles resgatados, e do desejo de formar uma família. Aos 33 anos, ela está solteira e diz que, para conquistá-la, é necessário ter valores sólidos e estrutura familiar
Na casa de Tatá Werneck, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio, um tapetinho saúda os visitantes com a frase “Não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café?”. “Mandamento” que a atriz segue à risca: assim que a equipe de QUEM chega, em uma chuvosa manhã de domingo, ela já vai oferecendo não só um cafezinho coado na hora, como chá, pão, queijo… “Jura que vocês não querem nada? Nem um sanduíchinho?”, pergunta, com jeito de quem está acostumada a receber. É que Tatá, a divertidíssima Fedora da novela Haja Coração, é daquelas que prefere ter os amigos por perto a sair na noite. Mesmo quando está sozinha, tem a companhia de 14 gatos e dois cachorros. Os animais foram a razão pela qual comprou o imóvel. “Queria um espaço para morar com animais que tiro da rua”, conta a atriz, de 33 anos. “Mas quando vi esta casa, ela estava totalmente fora das minhas possibilidades. Fiz milhões de promessas, falei ‘Deus, me ajuda para poder ter os bichos!’”, lembra.
Assim que Tatá adquiriu o imóvel, na época de Amor à Vida (2013), tratou de fazer obras. “Sempre colecionei sais de banho, mas nunca tive banheira. Aqui tenho uma que eu uso sempre”, conta. Na piscina, entrou poucas vezes. “Os meus amigos usam mais do que eu! Também queria ter jardim, porque na casa dos meus pais eu costumava meditar na grama”, diz a atriz, que é filha da jornalista Cláudia Werneck, de 57, e do publicitário Alberto Arguelhes, de 63, e tem um irmão, o advogado Diego, de 34.
COMPANHIAS
Há alguns meses, Tatá chamou o arquiteto André Piva para ajudá-la. Na ampla sala, a bateria chama atenção e compõe a decoração com mesas de centro e de jantar, cadeiras e chaise-longue do LZ Studio. De lá também são os sofás, que tiveram os estofados trocados três vezes por causa dos gatos. Jonas Bloch, Mãezoca, Gentil,Palhaço, Mussum, Fabicha, Caramba, Steve Renders, Paz Luz Vida Nova, Cecil Thiré, Peters, Delícia e Loro foram tirados das ruas e são chamados de filhos por Tatá. Há alguns dias, os bichanos ganharam a companhia de Tufo, persa que a atriz ganhou de fã-clubes. Táxi e Chaves, dois cães shih tzu de quatro meses, completam a turma. “Sou louca por bichos. Ajudo várias instituições”, conta.
Envolvida também em causas sociais – fundou o grupo Os Inclusos e os Sisos, primeiro no país a fazer teatro totalmente acessível para pessoas com deficiência –, Tatá esteve na África do Sul três vezes, apoiando a Seeds of Light, organização que tem por objetivo melhorar a vida de comunidades marginalizadas e crianças em situação de risco. De lá vieram peças em madeira que, na estante de marcenaria sob a escada, dividem espaço com a coleção de toy art. Há lugar até para um boneco do papa Francisco, a quem a atriz admira. Pela casa há cristais, paixão de Tatá desde criança, e estátuas de São Judas Tadeu, de quem é devota. “Tenho uma fé muito grande. Hoje frequento cultos evangélicos e a Igreja Católica”, diz.
MATERNIDADE
Da África do Sul também são as girafas que ficam em um canto, ao lado de um dos bonecos do Batman. Lá a atriz também chegou inclusive a apadrinhar uma menina,Chipo, hoje com 9 anos, que tentou trazer para o Brasil. “Não foi possível, mas sempre quis adotar uma criança. Quero ter meus filhos”, revela Tatá, que pensa em congelar os óvulos. Sozinha desde que há dez meses terminou o relacionamento de um ano com o ator Renato Goés, ela é de namoros longos – ficou por nove anos com o engenheiro Felipe Gutnik –, mas garante não ter problemas em ficar só. “Estou sempre fazendo um milhão de coisas e gosto de ter esse espaço. Só assumo uma relação quando estou gostando muito. Para eu ficar com alguém, tenho que admirar demais a pessoa, seus valores, sua família. Prefiro ficar sozinha enquanto não achar alguém à altura”, afirma.
Fonte: Quem