Uma denúncia envolvendo o Sistema S (que engloba o Sesi, Senai, Sesc, Senac e o Sebrae) aponta para a existência de um grandioso esquema de corrupção no meio empresarial brasileiro. Segundo a informação, que partiu do senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO), os desvios que ocorrem dentro do Sistema S, se revelados, podem resultar no maior escândalo da história do país, superando até mesmo os números da Lava Jato e da Petrobras.
Em sua denúncia, o senador aponta que o Sistema S movimenta mais de R$ 30 bilhões anualmente e, deste total, R$ 22 bilhões vêm de contribuições sociais que representam 3,1% da folha de pagamento do trabalhador brasileiro. O político lançou um livro, intitulado “A caixa preta do Sistema S”, onde denuncia todo o esquema fruto de uma auditoria que ele solicitou ao TCU e CGU quando saiu da suplência e assumiu o mandato de senador.
Ataídes afirma que durante seu levantamento sobre o Sistema S colheu informações suficientes que caracterizam atos de corrupção praticados pelos dirigentes do Sistema S. A investigação apurou que mais de 80% das organizações não têm auditoria independente e orçamentos públicos nos sites das entidades e não trazem o detalhamento adequado.
O político afirma que o Sesi, Senai, Sesc e os outros do Sistema S mantêm dezenas de milhões de reais em aplicações financeiras e investimentos imobiliários, notoriamente desvios de função, enquanto a aplicação do princípio de gratuidade, uma das obrigações do sistema, mal alcança 15% dos cursos ofertados.
A denúncia veio à tona já há alguns anos e levou o Comitê Estadual Contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista de Mato Grosso do Sul (formado pela CUT, Força Sindical, CSB, CTB, CGTB e UGT) a engrossar o coro, que se faz em todo o país, pelo fim das contribuições públicas a essas entidades.
(Com informações da assessoria de imprensa do Comitê Estadual Contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista de Mato Grosso do Sul)