Rota do Sabor deve movimentar até R$ 200 milhões por ano
Por André Farinha Publicado 15 de agosto de 2017 às 17:10

A Rota do Sabor deverá movimentar cerca de R$ 200 milhões por ano, é o que prevê a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia (Sedesc). A informação foi compartilhada nesta terça-feira (15), durante solenidade de assinatura do Termo de Cooperação Mútua entre as entidades envolvidas no projeto. O programa tem como objetivo organizar a produção rural, reduzir a evasão de PIB e gerar emprego e renda no campo.

No programa, os produtores têm participado de atividades relativas à organização, desenvolvimento da cadeia produtiva de hortifrutigranjeiros e de comercialização. A expectativa de movimentar até R$ 200 milhões por ano se baseia no fato de que em 2016 o PIB do agronegócio foi de R$ 220 milhões, mesmo com uma produção local praticamente inexistente. Campo Grande produz apenas 4% do que consome.

Como parte da projeto, serão criados locais estratégicos para o escoamento da produção. O produtor vai produzir e vai ter um lugar para entregar diretamente para a população. Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia, Luiz Fernando Buainain, será feira uma cooperativa na região da Chácara das Mansões envolvendo todos os 40 produtores. “Estamos fazendo uma organização estruturada, mostrando a importância da organização para chegarmos efetivamente a criar a cooperativa”, explica.

A iniciativa tem apoio da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Uniderp Agrárias, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Associação de Moradores da Chácara das Mansões. O presidente da ACICG, João Polidoro, conta que havia muita gente produzindo no local, mas sem apoio de outras entidades. “A gente viu que a cadeia não estava organizada. Nosso papel foi juntar a Sedesc, a UFMS e a Uniderp para fazer essa organização e fazer com que esses produtores atinjam o mercado”, disse.

No programa, a Uniderp oferece aos produtores assessoria técnica na área agrícola. Já a UFMS trabalha por meio da Incubadora, que fez um diagnóstico para iniciar o trabalho no sentido de não trazer projetos de fora, mas consultar a comunidade em relação ao quer queriam desenvolver. Foram escolhidos cinco projetos que serão trabalhados: peixe, frango caipira, fruticultura, hortaliça e a mandioca.

Também como parte da solenidade desta terça-feira, os produtores e técnicos fizeram uma coleta do solo, que servirá de estudo e posteriormente assistência técnica para fabricação dos produtos citados anteriormente. A amostra da coleta será analisada pelos acadêmicos de Agronomia da Uniderp, que darão o parecer sobre a possibilidade de cultivar os produtos pretendidos pelos produtores da região.