O ex-prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka (PSDB), é o novo diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS). A nomeação do político para o cargo foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (1º), um dia depois do ex-diretor-presidente Gerson Claro anunciar o pedido para exoneração da função, em decorrência da investigação no órgão por irregularidades em contratos com empresas de tecnologia.
“Designar Roberto Hashioka Soler para desempenhar a função de Diretor-Presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul, com efeito a partir da data da publicação”, diz a publicação.
Em Nova Andradina, Roberto Hashioka cumpriu três mandatos como prefeito e apoio a candidatura de Reinaldo Azambuja (PSDB) no pleito de 2014, época em que era filiado ao PMDB. Ele é casado com a ex-deputada estadual Dione Hashioka.
No órgão de trânsito, Hashioka terá a missão de reerguer a imagem após os escândalos revelados pela Operação Antivírus. O primeiro desafio como diretor-presidente será tocar os eventos agendados para este mês, em especial a Semana Nacional do Trânsito.
A operação
A crise no Detran/MS começou na última terça-feira (29), quando o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nove mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 29 de busca e apreensão dentro da sede do órgão estadual. A operação tinha como objetivo desarticular um suposto esquema que envolvia contratos entre o Detran e empresas de informática.
Um dos mandados de prisão temporária tinha como alvo Gerson Claro, além do ex-deputado estadual Ary Rigo e outros quatro servidores estaduais: Donizete Aparecido da Silva, diretor adjunto, Erico Mendonça, chefe de divisão, Celso Braz de Oliveira Santos, diretor de administração e finanças e Gerson Tomi, diretor de tecnologia do departamento de trânsito. Após o escândalo, todos pediram exoneração.