Revendedor de veículos simulou sequestro para aplicar golpe do seguro
Por Redação Publicado 5 de agosto de 2017 às 13:17

O caso do sequestro do empresário em Paranaíba, Tiago Menani (29) foi esclarecido pela Polícia Civil da cidade na tarde desta sexta-feira (4). Com a ação da polícia, descobriu-se que Tiago não havia sido sequestrado e que montou a farsa para receber dinheiro de seguro. A informação é da assessoria da instituição. No ultimo dia 31 de julho por volta das 17h a Policia Civil de Paranaíba foi informada do desaparecimento de Tiago, proprietário de uma revenda de veículos usados na cidade, e que segundo o informado à polícia, teria viajado para Matão, em São Paulo, onde faria a venda de um caminhão guincho.

Os familiares de Tiago relataram para a polícia que perderam o contato com ele quando estava em São José do Rio Preto ainda na noite do dia 31 e desde então não tiveram mais noticias. O caso foi passado imediatamente ao S.I.G – Serviço de Investigações Gerais de Paranaíba, tendo os investigadores feito contato com a Polícia Civil de Jales, São José do Rio Preto e Matão onde iniciaram as investigações sobre o desaparecimento de Tiago, já trabalhando com a possibilidade de Roubo. Na noite do dia 1º de agosto Tiago ligou para família, onde disse que havia sido roubado e mantido em cárcere privado (amarrado a uma árvore), na cidade de Presidente Prudente, São Paulo, e teria conseguido fugir, caminhado uma longa distância quando finalmente teria conseguido ajuda para se comunicar.

Os investigadores de Presidente Prudente passaram a trabalhar em conjunto com a Civil de Mato Grosso do Sul trocando informações e analisando o caso, sendo de inicio observados pontos da historia narrada por Tiago que estavam em desacordo com informações já apuradas pelo S.I.G de Paranaíba, e em desacordo com investigações feitas pela Polícia Civil de Presidente Prudente. A Policia Civil de Presidente Prudente decidiu então marcar para sexta-feira (4), o depoimento de Tiago, assim como uma reconstituição junto ao local onde ele disse ter sido mantido preso, e observou que a dinâmica era incompatível. Outro fato que também levantou suspeita foi à localização do veiculo Celta que Tiago havia levado em local próximo ao “cativeiro”.

Em depoimento na delegacia de Presidente Prudente Tiago acabou caindo em muitas contradições a cada vez que tentava narrar a dinâmica do ocorrido apresentando situação diferente, e acabou por confessar que havia “armado tudo”. Ele revelou então, em depoimento que havia vendido o caminhão guincho por R$ 18 mil para os supostos “ladrões” e também pretendia dar o golpe na seguradora onde receberia mais R$ 90 mil pelo seguro do caminhão. Tiago Menani foi indiciado em inquérito por falsa comunicação de crime e como o fato se deu no estado vizinho, ele irá responder pelo crime no Estado de São Paulo. As informações são das Policias Civis MS e SP constando ainda que ele dever ser cadastrado na Federação Nacional de Seguradoras, o que pode impedir que ele venha a contratar qualquer tipo de segura a partir da data do esclarecimento do caso, sendo cancelado o seguro do guincho supostamente roubado.