Remédios passam a ficar mais caros a partir deste sábado
Por Ariel Moreira Publicado 31 de março de 2017 às 09:33

O brasileiro que precisar de remédios e for até as farmácias será prego de surpresa e deve preparar os bolsos, ai vem um reajuste que varia de 1,36% a 4,76%, a partir de amanhã (1).

O Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), publicou hoje (31), no Diário Oficial da União, uma resolução do que autoriza o reajuste anual de preços de medicamentos para 2017. O Cmed é um órgão do governo integrado por representantes de vários ministérios.

Existes três níveis de reajustes máximos permitidos, o primeiro de 4,76%, o segundo de 3.06% e o terceiro de 1,36%.

Segundo nota oficial do Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro deste ano. “Agradeço todo o empenho do secretário executivo da CMED em manter a previsibilidade das regras do reajuste anual dos medicamentos, mas o reajuste não nos atende, não vai reduzir as perdas nem recompor as margens das empresas”, afirma Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

Reajuste dos remédios nas farmácias começa a valer amanhã. Foto: Joana Lima

Fabiana Paula dos Santos, farmacêutica e gerente de farmácia, explica que há cerca de um mês está informando os consumidores sobre o reajuste que acontecerá amanhã. “A resolução foi publicada hoje, porém os reajustes começaram a valer amanhã. Alguns remédios serão reajustados imediatamente, mas outros dependem do sistema da franquia da farmácia. Como o reajuste é anual, nossa franquia sente um pequeno déficit financeiro para reposição dos custos do mercado”, destaca Fabiana.

Irene Mendes, 78 anos, aposentada, disse ao Ultramax News que gasta mensalmente cerca de R$ 300 reais com medicamentos. “Os preços estão muito altos, não tenho condições de comprar tanto remédio se as farmácias continuarem aumentando, sou aposentada e meu salário é muito baixo”, reclama.

A vendedora Adriana Riso, de 42 anos, acredita que devido à crise financeira do país, aumenta a dificuldade em adquirir medicamentos baratos que possa comprar. “Este reajuste prejudica principalmente os idosos, que necessitam de tantos remédios. Estamos em crise, seria bom se estes reajustes fossem baixos”, destaca Adriana.

Com informações Agência Brasil e Sindusfarma.