Reconstrução das casas para transferidos da Cidade de Deus vai custar R$ 9 milhões
Por Redação Publicado 5 de abril de 2017 às 14:34

A reconstrução das 300 casas que vão abrigar famílias transferidas da favela Cidade de Deus, em Campo Grande, está na fase de assinatura de responsabilidade técnica e vai custar R$ 9 milhões. A informação foi divulgada hoje pelo prefeito Marcos Trad (PSD).

Segundo o Chefe do Executivo, o Governo será parceiro da prefeitura na reconstrução das casas da Cidade de Deus, conforme anunciado em janeiro. Serão 9 milhões para este projeto.

Marcos Trad e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já se reuniram para discutir a questão. A ideia é que o Estado ofereça o material de construção das moradias e a Prefeitura fique com a responsabilidade sobre o acompanhamento das obras e organização da mão de obra para construção das residências.

“Vamos achar a equação, mesmo na crise, porque quando tem boa vontade se juntam os esforços para diminuir o sofrimento daquelas pessoas que foram retiradas da Cidade de Deus. No que depender do Estado, não tenho dúvida de que vamos formatar parceria para levar moradia digna”, declarou o governador.

O Estado deve contribuir com R$ 4,5 milhões para reconstrução das casas e a Prefeitura com os outros R$ 4,5 mi.

Ao todo, 327 famílias foram retiradas da favela Cidade de Deus. Deste total, 42 foram levadas para casas prontas, mas cheia de falhas nos bairros Vespasiano Martins. O restante está nos bairros Pedro Teruel — ao lado do Dom Antônio —Canguru e Bom Retiro, atrás da Vila Nasser.

Problemas
Casas construídas no ano passado pela Morhar Organização Social para os moradores da Cidade de Deus foram entregues com vários problemas como paredes internas sem reboco, instalação elétrica inacabada, vigas entortando, goteiras por todos os lados quando chove, infiltrações nos banheiros, desnível de piso.

A Morhar chegou a receber R$ 2,7 milhões como parte do convênio firmado com a prefeitura, na gestão municipal anterior e acabou virando alvo de investigações do ministérios públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF).

Em decorrência destes problemas, Marcos Trad enfatizou que existe uma preocupação em relação a qualidade das moradias.

“Fizemos um projeto para entregar casa digna, totalmente diferente dessas que vocês costumam ver, quando é entregue para população de baixa renda. O que a gente puder colocar de equipamento será de primeira qualidade. Vamos dar mão de obra, vamos qualificar”, finalizou.

Fonte: Correio do Estado/Maressa Mendonça e Lucia Mrel