
Moradores e famílias carentes do Jardim Noroeste –leste de Campo Grande– receberam uma unidade do Programa Rede Solidária. O local oferece serviços, oficinas e cursos gratuitos para crianças, adultos e idosos. Com 7,2 mil metros de área, a unidade Iria Leite Vieira, foi entregue ontem (23) na presença do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com a meta de atender a 3,5 mil pessoas de 11 bairros por mês.
Esta é a segunda unidade do Rede Solidária –a primeira funciona desde 2015 no Dom Antônio Barbosa (região sul). “O gasto para adequação do local e montagem se aproxima ao da unidade 1, de R$ 400 mil, e a manutenção fica em torno de R$150 mil por mês para atender as 900 famílias”, disse a titular da Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), Elisa Cleia Nobre.
“Aqui serão oferecidos cursos que atendem as crianças de 3 anos até o idoso, desde balé, capoeira, brinquedoteca, biblioteca. Para o jovem o Programa Menor Aprendiz em parceria com o CIEE [Centro de Integração Empresa-Escola], oficinas de raciocínio lógico, e para o idoso cursos de dança, e para família como um todo temos cursos de qualificação”, prosseguiu a secretária.
Projeto tira juventude da rua e cria oportunidades, diz líder local
Entre os cursos de formação e oficinas oferecidos no local há o de corte e costura industrial, de dois meses, feito em parceria com o Senai. Franciele Bento Santos, 24, instrutora do curso, explicou que “a idade mínima para fazer o curso é 16 anos, mas essa turma que começou em novembro e já se forma em março tem mulheres mais maduras. Elas aprendem a passar a linha nas máquinas, as diferentes técnicas, dão acabamento, e já saem daqui com uma profissão”, contou.
Eunice Fernandes, 52, está desempregada e se cadastrou no curso após procurar emprego e ver que há oportunidades na área. “Pretendo trabalhar, fui numa fábrica mas precisava ter o curso, então fui ao Senai e me indicaram vir para cá. Estou aprendendo as técnicas e quando me formar espero conseguir o emprego”.
Para o representante do Jardim Noroeste, Antônio Vieira de Moraes, “[o projeto] vai tirar nossa juventude da rua, dar oportunidade para a mãe para ter uma melhora de renda. Isso engrandece qualquer cidadão. O pessoal do Noroeste é humilde e trabalhador e precisava de apoio”.
Governo federal pretende conhecer detalhes do programa social
Segundo a vice-governadora Rose Modesto, “o governo escolheu investir nas pessoas, pensando em quem mais precisa. E hoje o governo federal está pensando também em um programa com esse modelo”.
Reinaldo, por sua vez, destacou que o projeto “é um espaço de uso comum, um projeto de alcance enorme” que chamou a atenção da gestão federal.
“Vamos receber a visita do Ministério de Desenvolvimento Social do governo federal justamente porque acreditamos nesse modelo. É um modelo que oferece uma oportunidade não só de interação social, cultural, esportiva, mas especialmente uma porta que se abre para a qualificação profissional. O objetivo do programa é criar a oportunidade de crescimento social”, frisou o governador.
Serviço – A segunda unidade do Programa Rede Solidária fica na rua da Conquista, 649, Jardim Noroeste.
Caravana da Saúde vai voltar à Capital neste ano
O governador Reinaldo Azambuja confirmou a volta da Caravana da Saúde em Campo Grande neste ano e afirmou que a inauguração do Hospital do Trauma acontece até o meio do ano, com aporte de mais R$ 8 milhões para equipar a unidade.
“Quando idealizamos a Caravana da Saúde, o objetivo era claro: diminuir as filas de pessoas que aguardam por cirurgias e exames. Fizemos a primeira etapa e, daqui a alguns dias, vamos começar a segunda. O foco é principalmente o atendimento às mulheres, em idade de risco, para passarem por exame de prevenção ao câncer de mama e de colo do útero, e atendimento oftalmológico para estudantes da rede pública receberem óculos. E toda uma gama de procedimentos cirúrgicos, exames e consultas nas áreas onde o Estado tem maior demanda”.
“E, até o meio do ano vamos inaugurar o Hospital do Trauma, importante para a Capital. Já entregamos alas do Hospital do Câncer também”, lembrou. (NL)
Fonte: O Estado/Nilce Lemos