
O Dia Nacional do Sistema Braille (8) tem um significado especial para alunos da escola municipal Professora Maria Martins e Lourenço, em Votuporanga (SP). Estudantes com deficiência visual tiveram acesso a livros em braile, além de exemplares com fonte ampliada e áudio livro, para estimular o hábito da leitura. A doação dos livros foi possível através do programa Asas para Voar, criado pela Escola Nacional de Seguros.
Criado em homenagem a José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego do Brasil, o Dia Nacional do Sistema Braille tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância de políticas públicas para inclusão das pessoas com deficiência visual. A comemoração também visa à reflexão sobre mecanismos que favoreçam o desenvolvimento intelectual, profissional e social dos alunos com esse tipo de deficiência.
Ao todo, foram doados 334 exemplares para três escolas de Votuporanga, em projeto de responsabilidade social, que visa atualizar o acervo das bibliotecas e salas de leituras. A iniciativa beneficia 666 alunos.
O hábito da leitura, afinal, deve começar cedo. A cada página que se abre, um novo horizonte de conhecimentos se descortina para jovens alunos de escolas municipais. No entanto, a média de livros lidos por ano no Brasil é uma das mais baixas do mundo. Esse é um retrato da falta de estímulo para leitura no país, principalmente entre crianças e adolescentes, que se reflete na qualidade da educação do país. O programa de responsabilidade social da Escola tem por objetivo despertar o hábito da leitura nessa faixa etária.
Desde 2007, o Programa Asas para Voar foi responsável pela doação de 5.437 livros, beneficiando cerca de 14 mil alunos em 23 escolas de todo o Brasil. Com base no acervo doado, os alunos das instituições beneficiadas desenvolvem atividades de releitura das obras. No acervo doado, há também exemplares em braile, fonte ampliada e áudio-livro, pois uma das escolas possui alunos inclusivos com deficiência visual. O projeto realizou a atualização de acervo das bibliotecas e salas de leitura que já existiam nas unidades.
Segundo a responsável do Asas para Voar, Laura Tamancoldi, os alunos têm incentivada sua criatividade e o desenvolvimento do senso crítico com a disseminação da cultura da leitura. “A prova disso é que há relatos de crianças introspectivas que, por meio de redações – uma das atividades previstas na fase final do programa – manifestaram-se contra desigualdades da nossa sociedade”, explica.
Para Carla Pieroni, superintendente de Comunicação e Marketing e responsável pela área de Responsabilidade Social da Escola Nacional de Seguros, esclarece que o papel da instituição vai muito além dos programas de ensino tradicionais. “Temos que buscar sempre novos mecanismos e ferramentas que promovam o bem-estar e proporcionem maior qualidade de vida à sociedade”.
Fonte: Agência Brasil