
Professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande levaram pizzas à Câmara Municipal, na sessão desta quarta-feira (8). Segundo eles, o movimento é em alusão aos 45 dias de greve da categoria, que por várias vezes foi à Casa de Leis pedir apoio dos vereadores na luta por melhoria salarial, e também ao Dia da Pizza.
A assessoria de imprensa da Câmara disse que “qualquer protesto desde que maneira ordeira é legítimo” e que a Casa é democrática, aberta a qualquer pessoa e a qualquer tipo de manifestação.

(Foto: Graziela Rezende/G1 MS)
De acordo com o presidente do Sindicato Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves, foram compradas 50 pizzas com o Fundo de Greve.
Os professores montaram uma mesa em frente à Câmara e distribuíram as fatias, que eles chamam de ‘lanche’, a motoristas e outras pessoas que passam pelo local. Nas embalagens, os manifestantes escreveram nome dos vereadores representando os sabores das pizzas.
Para o plenário, foram levadas apenas as embalagens. Os professores oferecem as pizzas pelos ‘sabores’ e até fizeram uma espécie de ‘rodízio’. Por várias vezes, os vereadores pediram que os grevistas fizessem silêncio para que a sessão continuasse.
“A Câmara pode ser considerada a melhor pizzaria da cidade. O prefeito propôs a lei, aprovada pelos vereadores, sancionada, porém não cumpriu. Tudo acabou em pizza”, justifica o professor Deroci da Silva Feitosa, de 32 anos.
Para o vereador Chocolate (PP), os parlamentares estão levando “puxão de orelha” e não podem solucionar a questão. “Estão puxando nossa orelha como se tivéssemos poder para resolver esse impasse”.
Greve
Os professores estão parados desde 25 de maio. Segundo Gonçalves, eles já foram 13 vezes à Câmara Municipal pedir apoio dos vereadores para reunião com o prefeito Gilmar Olarte (PP). Eles afirmam que o chefe do Executivo não se reuniu com a categoria em nenhum momento.
A classe quer a integralização do piso e o reajuste mínimo de 13,01%. A prefeitura já fez várias propostas e todas foram rejeitadas. Os professores já fizeram vários protestos. A Justiça até impôs limites às manifestações.

Fonte: Graziela Rezende e Fernando da Mata Do G1 MS