Sete pessoas foram presas em uma operação conjunta entre as Polícias Rodoviária Federal – PRF e Militar através da Patrulha Rural de Três Lagoas na tarde desta terça (2) na BR-262 em Água Clara. A quadrilha foi flagrada transportando e fazendo o serviço de “batedores” de mais de uma tonelada e meia de maconha que saiu de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai com o destino a cidade de Prata, em Minas Gerais. A droga era transportada em dois veículos e os batedores seguiam em mais quatro carros que eram utilizados para alertar sobre presença de policiais ao longo do trajeto do bando. A ação captura do bando começou pouco antes de 15h da terça feira e só terminou na madrugada desta quarta (3) com a entrega do carregamento de maconha e a quadrilha para Polícia Federal em Três Lagoas.
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Na tarde da terça (2) uma equipe da PRF e duas equipes da Patrulha Rural da PM realizaram monitoramento as margens da BR-262, nas proximidades de Água Clara. Durante a observação policial, dois veículos, um Vectra e um Ford/Focus, ambos com placas de Campo Grande passaram pelos policiais em alta velocidade não sendo abordados. A polícia já tinha informações de que um grande carregamento de drogas deveria passar pelo local, quando pouco tempo depois uma Fiat/Strada com placas de Campo Grande, conduzida por motorista de 23 anos foi abordada, assim como outra Strada conduzida por motorista de 30 anos também foi parada.
Durante a vistoria feita nos veículos, foi constatado na primeira Strada um carregamento de tabletes de maconha na carroceria, droga transportada no sistema conhecido como “cavalo doido”. Na segunda Strada nada de ilícito foi encontrado, mas foi constado que o motorista atuava como “batedor” para o carregamento. Na continuidade da operação os policiais tentaram parar outra Fiat/Strada que era conduzido por um jovem de 18 anos.
Ele não obedeceu a ordem de parada e fugiu em alta velocidade pela BR-262 sendo acompanhado seguido pelos policiais. Em determinado momento, o indivíduo fez um “cavalo de pau” e retornou pela pista na contra mão tentando escapar da perseguição, seguindo por alguns quilômetros na contra mão tentando inclusive atropelar um dos policiais que estava as margens da rodovia.
Se defendendo, o policial precisou efetuar alguns disparos contra o veículo o que assustou o motorista fazendo com que perdesse o controle da direção e o carro caísse em uma valeta as margens da rodovia. O indivíduo de 18 anos foi preso e no veículo os policiais encontraram mais um carregamento de maconha também transportado na prática do “cavalo doido”.
Com três homens presos, sendo que dois deles estavam conduzindo os veículos com a droga e o outro fazia o serviço de batedor, os policiais militares e rodoviários foram para a área urbana registrar o caso na delegacia de polícia de Água Clara, mas no trajeto, o veículo Vectra que furou o bloqueio policial anteriormente foi visto estacionado próximo a um canteiro e os policiais resolveram fazer nova abordagem. Mas ao perceber que seria preso pela polícia, o condutor do Vectra fez uma manobra em marcha ré e também tentou atropelar um dos policiais, que atirou fazendo com que o motorista desistisse da fuga. No carro um homem de 28 e outro de 27 anos foram identificados e presos. Eles também realizavam o trabalho de “batedores” da carga ilícita. Já eram cinco presos, mas ainda faltava os ocupantes do Ford/Focus e de outro veículo que também estava “batendo a estrada” para as duas cargas de maconha e as buscas então continuaram.
O Ford/Focus acabou visto estacionado nas proximidades de um hotel na área urbana de Água Clara, não sendo encontrados os ocupantes, mas as equipes perceberam que duas pessoas que estavam em um Fiat/Siena tentaram fugir quando avistaram carros das polícias. O Siena era ocupado por um casal de 54 anos que apesar de negar participação no tráfico, foi desmentido por registros de ligações em celulares e os dois presos.
Cada traficante preso esperava receber R$ 5 mil na entrega da droga em Minas Gerais. Para tentar ludibriar fiscalização e polícia, a quadrilha “caracterizou” os veículos que transportavam a droga, com adesivos de grandes empresas de fertilizantes, além de crachás e bonés dessas empresas serem encontrados dentro dos veículos. As empresas estavam tendo os nomes utilizados pelos quadrilheiros entregues com a droga e veículos, na Polícia Federal de Três Lagoas.
Foto: JPNews