Projeto renovado do Posso Ajudar, deve qualificar 800 pessoas para acolhimento nas unidades de saúde
O acolhimento na Saúde, que busca dar resolutividade aos problemas que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), cópia do Projeto Posso Ajudar, encontram ao buscar uma unidade de atendimento, tem como um de seus objetivos reduzir a superlotação nos postos, encaminhando os usuários aos locais necessários. OU seja, orientar a população de que problemas menos imediatos devem ser atendidos, com consulta previamente marcada, em unidades Básicas de Saúde e Unidades Básicas de Saúde da Família.
A Prefeitura de Campo Grande, após a destituição dos acadêmicos que eram beneficiados com bolsas para o prosseguimento de seus estudos, está qualificando os gestores para que compreendam o funcionamento do SUS e passem as informações a suas equipes, tornando-os assim multiplicadores deste conhecimento.
“A gente é multiplicador e daqui vão surgir outros multiplicadores repassando esta mensagem a todas as equipes. A unidade de urgência é só uma porta para quem realmente precisa desse atendimento. A gente precisa levar os demais pacientes onde ele vai ser melhor acolhido – que é na atenção básica”, declara o coordenador geral de urgência, Yama Higa.
O trabalho está sendo reimplantado pela prefeitura, por iniciativa da Sesau e da Ouvidoria-Geral do Município, desde o fim do mês passado nas unidades de atendimento 24 horas. As UPAs Coronel Antonino, Vila Almeida, Universitário e Leblon passaram a contar com os colaboradores que fazem a recepção dos pacientes passando informações, tirando dúvidas e encaminhando os usuários para as salas de atendimento ou mesmo para as UBS, quando é o caso. Resta saber quem exerce essa função em substituição aos acadêmicos bolsistas, quanto recebem e qual sua qualificação.
O ouvidor-geral do Município, Antonio Ueno, acredita que se a prefeitura conseguir que o usuário faça o atendimento na UBS, conseguirá desafogar as Upas e fazer com que todos tenham um atendimento de melhor qualidade. A expectativa é de que até o fim do ano 800 pessoas sejam qualificadas.
Para a secretária adjunta de Saúde, Andressa De Lucca Bento, o processo de transformação acontece aos poucos, mas será eficiente. “Tem que ser trabalhado, cada realidade é uma, e cada um tem que fazer o melhor nas condições que tem disponíveis, com embasamento técnico. Estamos desde ontem trabalhando tanto na micropolítica, quanto na mesopolitica e na alta gestão. A gente tem trabalhado todas essas gestões de acesso, porque acolhimento é acesso e resolutividade”, afirma.
A ouvidora da Saúde, Sônia Maria Côrrea, destacou o compromisso e a humildade de construir junto um atendimento de qualidade ao usuário de saúde. “Nós precisamos construir juntos, olhando para cada um de nós, de que forma você gostaria de ser atendido na saúde pública e como fazer isso ao outro”, finaliza.