Prefeito de Água Clara, MS, é proibido de entrar no Paço Municipal
Por Redação Publicado 18 de julho de 2015 às 11:10

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na prefeitura.
Segundo denúncia, Silas José teria oferecido dinheiro em troca de votos.

A Justiça proibiu, nesta sexta-feira (17), o prefeito de Água Clara, Silas José da Silva (PSDB), de entrar no Paço Municipal. A investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) aponta que ele teria oferecido dinheiro em troca de votos favoráveis para aprovação da Lei Orçamentária. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do tucano e na sede da prefeitura.

Prefeito é investigado (Foto: Wagner Mascarenhas/ Assessoria Deputado Marcio Fernandes)

Prefeito é investigado (Foto: Wagner Mascarenhas/
Assessoria Deputado Marcio Fernandes)

Segundo o prefeito, o afastamento é uma conspiração do vereador Marcelo Batista de Araújo (PSC) contra ele. Silas José afirmou que vai recorrer da determinação ainda nesta tarde.

“É uma conspiração do vereador Marcelo contra o trabalho do prefeito. Ele arquitetou essa situação covarde. Ele disse que eu comprei os votos deles, mas ele não tem como provar”, afirmou Silas José.

O Ministério Público do Estado (MP-MS) informou que o prefeito teve as atividades suspensas e, inclusive, proibido Silas José de entrar na sede da prefeitura sem ordem judicial e de manter contato com testemunhas.

O Gaeco também cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do tucano e na sede da prefeitura. De acordo com o prefeito, os investigadores não levaram nada.

A denúncia do vereador revela que o prefeito teria oferecido R$ 6 mil por mês em troca de voto favorável para aprovação da Lei Orçamentária. O depósito seria feito todo dia 20. Araújo chegou a gravar em vídeo sobre a entrega de uma das três parcelas. O recurso foi apreendido e está depositado em conta judicial.

Na fase da investigação, o vereador Waldenir Ferreira Lino (PDT) também confirmou em declarações ter recebido do prefeito a proposta de pagamento de propina em troca do voto. O texto da Lei Orçamentária autorizava o Poder Executivo a abrir crédito suplementar, sem prévia anuência da Câmara, de 50% do total das despesas.

Além dos vereadores Araújo e Lino, foi ouvido o presidente da Câmara Municipal de Água Clara, Valdeir Pedro de Carvalhe (PDT), e mais quatro testemunhas.

fonte: G1 MS