Com a proximidade do mês de Outubro, muito embora ainda faltem mais de 60 dias, já se começa a discutir o reajuste anual da tarifa do transporte público de Campo Grande. Nesta quinta-feira (27), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) sinalizou que pode promover uma consulta pública para decidir se prorroga, ou não, a isenção fiscal concedida às empresas responsáveis pelo serviço público. Desde Abril, as empresas não estão pagando ao município o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), o benefício vence no dia 30 de Setembro.

Segundo o prefeito, quem decidirá pela manutenção da isenção fiscal serão os próprios usuários do sistema. “Não definimos uma posição sobre o tema, mas vamos consultar a população para saber se preferem que os recursos voltem para os cofres ou se continua a isenção sem aumentar a tarifa”, explicou Marquinhos Trad, ressaltando ainda que quem dará a palavra final será a Câmara Municipal.

O chefe do Executivo Municipal lembrou que a injeção dos 5% através do ISSQN pago pelas empresas de ônibus resultariam numa renda extra ao caixa municipal de R$ 10 milhões, montante que poderia ser aplicado em serviços essenciais para o munícipe, como saúde, infraestrutura e segurança pública. Em contrapartida, com a volta da cobrança do imposto, o preço da passagem de ônibus deverá subir absurdamente.

O prefeito ainda citou que, ao contrário dos antigos administradores públicos, ele está cobrando das empresas responsáveis pelo serviço de transporte coletivo o retorno da isenção do imposto em melhorias nos terminais de ônibus. No entanto, ao contrário do que disse Marquinhos – ele afirmou que os terminais estão sendo reformados – o usuário vem observando apenas uma ‘maquiagem’ nos terminais, que ainda sofrem com depredação, falta de segurança e problemas internos.