Ponte sobre o Rio Paraguai ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional
Por André Farinha Publicado 30 de agosto de 2017 às 09:42
Ponte sobre o Rio Paraguai aguarda autorização por parte do Congresso Nacional. Bancada Federal de MS irá destinar emendas para garantir o custeio do projeto

A falada e aguardada ponte sobre o Rio Paraguai, que ligará as cidades de Porto Murtinho à Carmelo Peralta, no país vizinho, será construída a seis quilômetros acima da cidade sul-mato-grossense. O empreendimento terá cerca de 500 metros de cumprimento, terminando bem em frente ao município paraguaio. O valor do projeto é de R$ 270 milhões e será executada pelo governo brasileiro, no entanto, ainda se aguarda a aprovação do Congresso Nacional para o início das obras, totalmente sem previsão.

A ponte é considerada essencial para viabilizar o corredor bioceânico até os portos ao norte do Chile, na costa do Pacífico. Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, optou-se por um local de menor extensão do canal do rio para reduzir custos. O ministro Parkson, das Relações Exteriores, garantiu que a obra da ponte “é um fato consumado”.

Comitiva empresarial

Rota Bioceânica passa pela Cordilheira dos Antes, fronteira entre a Argentina e o Chile

 

Há cinco dias, uma comitiva formada por empresários sul-mato-grossenses e autoridades brasileiras percorre o trajeto que ligará o Estado de Mato Grosso do Sul à Antofagasta, no Chile, passando pelo Paraguai e Argentina. Ao todo, a chamada Rota de Integração Latino Americana (Rila), popularmente conhecida por Rota Bioceânica, tem aproximadamente seis mil quilômetros e facilitará a exportação brasileira para países asiáticos, como a China, Japão e a Índia.

Segundo a informação que chega dos participantes da caravana, a viabilização da rota da integração depende, além das obras de infraestrutura, da efetiva participação dos países que integram o bloco. O compromisso do Governo Federal Brasileiro em fazer a ponte sobre o Rio Paraguai e também a garantia do Paraguai em pavimentar mais de 600 quilômetros de estradas que integram o corredor bioceânico gerou expectativa entre empresários argentinos e chilenos. As autoridades destes países querem participar da mobilização.

Na terça-feira (29), a comitiva deixou o Chile depois de visitar os portos de Antofagasta e também de Iquiqui e Mejilliones, que opera com alta tecnologia e eficiência. O grupo já deixou o Chile, retornando ao Estado, segundo as informações, a caravana vai parar nesta quarta-feira (30) na cidade de Salta, Argentina, para participar de uma reunião técnica com o governador da província, Juan Urtubey, e empresários locais.