Desfilou, mais uma vez, mas não como quando fora eleito (por voto direto) governador do Estado de Mato Grosso do Sul, em 1990. Naquela altura da vida, já trazia no currículo uma extensa experiência na administração pública: fora antes governador do Estado de Mato Grosso uno, entre 1966 e 1971, senador da República por Mato Grosso em 1978 e, em 1980, foi o 3º governador (por indicação presidencial) do recém-criado estado sul-mato-grossense. O cortejo fúnebre, em meio de semana, não atraiu as mesmas multidões que suas carreatas dos tempos de outrora. No percurso até o destino final pôde passar, pela última vez, por algumas de suas obras, seus principais legados nesta terra morena.
Já haviam passados às 16 horas quando o caixão fora colocado em cima do carro do Corpo de Bombeiros. O cortejo deixou o Centro de Exposições Arquiteto Rubens Gil de Camilo, inaugurado em 1994 com o nome de Palácio Popular da Cultura. Cruzou as ruas que formam o Parque dos Poderes, construído entre os anos de 81 a 83. E passou em frente ao Parque das Nações Indígenas, inaugurado no início dos anos 90, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Estádio Morenão, entregues em 1971, todas estas construídas nas gestões de Pedro Pedrossian.
Foram cerca de 30 minutos passeando pela cidade, despedindo-se. O caixão era coberto pelas bandeiras dos dois estados que administrou com honradez, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No ponto final, Cemitério Parque das Primaveras, mais homenagens. A tropa da Polícia Militar fez ecoar o som de duas salvas de tiros. Já pra lá das 17 horas, acompanhado das palmas, o caixão foi sepultado. A história ganhava um ponto final. A escuridão da noite fez surgir mais um gracejo, o última, mesmo que não tenha sido oficial, nas saídas da cidade acenderam-se as grandes luminárias em formato de estrela, principal símbolo do político Pedro Pedrossian.