Passe de ônibus fica mais caro na Capital a partir deste domingo
Por André Farinha Publicado 1 de dezembro de 2017 às 09:39

O campo-grandense vai começar a pagar mais caro pelo serviço de transporte público a partir deste domingo (03). O decreto oficializando o reajuste na passagem de ônibus foi publicado no Diário Oficial do Município (Diogrande) desta sexta-feira (1º). O reajuste aplicado foi de 4,22%, aumentando de R$ 3,55 para R$ 3,70. As linhas executivas passam a custar R$ 4,50.

Com a mudança, o usuário que antes gastava R$ 7,10 para ir e voltar de ônibus, passará a gastar R$ 7,40. Por mês, o trabalhador precisará pagar R$ 162,80 para ir ao local de trabalho, antes esse valor era de R$ 156,20 (cálculos com base em 22 dias trabalhados/mês). Quem trabalha de segunda a sábado gastará R$ 192,40 (conta feita em 26 dias de trabalho/mês).

O reajuste não afetou a regra de desconto de 40% no valor do passe em datas especiais, como Dia do Trabalho, Dia das Mães e dos Pais, Aniversário de Campo Grande, Finados, Natal e Ano Novo. O novo valor para essas datas será de R$ 1,48, lembrando que é exclusivo para pagamento com cartão eletrônico recarregável.

Preço aumenta, qualidade segue caindo

Com o novo valor, o passe de ônibus em Campo Grande passa a ser uma das mais caras do país. Ao mesmo tempo, a prestação do serviço público por parte do Consórcio Guaicurus, coletivo de empresas de ônibus responsável por operar o sistema, tem a qualidade questionável pelos usuários. Veículos velhos e com defeitos, falta de locais para comprar o passe e motoristas sobrecarregados são algumas das principais reclamações.

Somado a isto está também a situação precária dos terminais de transbordo, todos depredados, tomados por vendedores ambulantes e sem qualquer segurança para o usuário. No início deste ano, a Prefeitura e o Consórcio Guaicurus firmaram um acordo para manter a isenção fiscal das empresas do transporte coletivo, no contrato, ficou acertado que o Consórcio reformaria todos os terminais, mas até agora nada foi realizado.

Importante citar que no início deste ano para cá foram adquiridos novos veículos para renovar a frota, alguns destes ônibus possuem climatizador e ar-condicionado. No entanto, usuários sustentam que estes carros novos são muito apertados e não suportam a lotação de passageiros da cidade.

O reajuste da tarifa leva em conta o preço médio do combustível, reajuste do salário dos motoristas, índice de passageiros por quilômetro, gasto médio de manutenção por veículo (calculado pela Fundação Getúlio Vargas) e Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O aumento deste ano é o menor desde 2005, quando a tarifa do transporte teve os seguintes reajustes: 2005 (5,56%); 2006 (5,26%); 2007 (5,0%); 2009 (9,52%); 2009 (8,70%); 2011 (8%); 2012 (5,56%); 2014 (11,1%); 2015 (8,33%) e 2016 (9,23%).