
O deputado Dagoberto Nogueira (PDT) criticou as suspeitas levantadas por Michel Temer em relação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em pronunciamento nesta quarta-feira (9) no Plenário da Câmara, Dagoberto foi incisivo em relação às diversas denúncias que envolvem o presidente e a sua rotina de encontros a altas horas para barganhar o apoio cada vez mais escasso a essa administração que só tem gerado retrocessos para o país.
Para Dagoberto, suspeitar de Janot é uma tentativa desesperada de tentar desqualificar o acusador por não ter condições de se defender. ”Quando olho as repercussões dessa suspeição do Janot, sinto indignação. Essa história de perseguição não faz o menor sentido. O que Janot fez foi cumprir com a sua função. Temer recebeu o proprietário da JBS, coisa combinada em códigos. Eles trataram de propina, decidiram quem iria buscar o dinheiro, um ex-parlamentar foi filmado pegando a mala de propina, depois a devolveu faltando uma parte do dinheiro e agora o Temer vem dizer que ele está sendo perseguido. Isso é um absurdo”, afirmou Dagoberto.
Na opinião de Dagoberto, o que gera suspeitas são as constantes reuniões que Temer costuma ter com as mais improváveis figuras. “Precisamos estar atentos sobre a decisão do STF neste caso da suspeição do Janot. O que gera suspeitas na verdade foi essa reunião da próxima procurador-geral, Raquel Dodge, que aconteceu na terça-feira. Ela nem foi nomeada e já está sob suspeita. Uma reunião com um investigado? Isso é muito grave. Ela já entra sob suspeição deste parlamento e da população”, declarou Dagoberto.