A rotina de Paolla Oliveira se transformou nos últimos meses. Escalada para viver a policial Jeiza em “A força do querer”, a atriz precisou enfrentar uma preparação pesada. Em outubro, ela começou a ter aulas com a lutadora Erica Paes, já que a personagem quer brilhar nos tatames como atleta de MMA. Além disso, aprende a manusear armas e a atirar. E ainda treina com cães do Batalhão de Ações com Cães (BAC), no Rio de Janeiro.
– As aulas de MMA cansam. E como cansam… – brinca. – Mas ao mesmo tempo elas me ajudam a ficar concentrada e a cada dia mais encontrar a Jeiza. Antes de começar a gravar, treinava, em média, três vezes por semana. Aprendi o básico para encarar as cenas, mas tenho tentado manter os treinos técnicos para estar alerta e pronta para o que a personagem exigir.
Segundo Paolla, seu corpo mudou por causa da luta. O novo físico da atriz, aliás, chama a atenção nas primeiras sequências da trama das 21h de Gloria Perez, que estreia nesta segunda-feira, 3:
– Jeiza me ensinou que existem músculos que eu nem sabia. Enquanto me preparo para o trabalho, faço algo muito bom para saúde e a mente. Não é uma questão de ganhar ou perder peso. Vai muito além: é adquirir confiança e resistência. Descobri o poder que nosso corpo tem.
Para a atriz, Jeiza vai inspirar as telespectadoras:
– Vivemos numa sociedade machista. Às vezes, no dia a dia, as pessoas nem percebem que estão sendo. Quando se dão conta, já falaram algo impregnado de machismo. A Jeiza crê que ela pode ser o que ela quiser, por isso, vai inspirar muitas mulheres. Também acredito nisso. Podemos ser o que quisermos.
Paolla, que teve seu primeiro papel de destaque em “Belíssima”, em 2005, terá pela frente um tipo diferente daquele a que o público se acostumou. Ela afirma que está confiante para o trabalho e conta que, hoje em dia, lida com a profissão de outra forma:
– Crítica ainda sou, mas com menos cobrança de ter que agradar a todos.
A atriz também se diz mais tranquila em relação à fama e ao assédio dos paparazzi:
– Eu sigo a minha vida tranquilamente. Hoje, se não estou disposta a ser fotografada, evito ir a lugares que eu sei que têm paparazzi. E, se acontece, não me maltrato por isso. Acredito que, se existe esse assédio e essa mídia, é porque há um público para isso. O que não tolero é desrespeito.
Fonte: Patrica Kogut