Operário faz segredo antes da estreia no Campeonato Estadual
Por Redação Publicado 1 de fevereiro de 2017 às 17:19

O técnico Celso Rodrigues fez um treino fechado para a imprensa ontem, no campo do Cene, região sul de Campo Grande. Hoje, às 20h45, no estádio Morenão, o Operário recebe o União/ABC, e inicia a caminhada para tentar acabar com o jejum de 20 anos sem títulos no Campeonato Sul-Mato-Grossense.

Para a primeira partida, o treinador diz que teve apenas uma semana para implantar sua metodologia. O pouco tempo deve-se ao pedido de dispensa de Carlos Rabello feito no dia 12.

“A primeira impressão é a melhor possível, temos nossos objetivos”, declarou Rodrigues, antes do início do treino de ontem à tarde. “Em pouco tempo já houve uma evolução. Os atletas tiveram um pouco de entendimento, mas a gente também entende que ainda precisa mais para eles assimilarem e também fazerem o melhor dentro de campo”, acrescenta.

O comandante operariano descarta o favoritismo diante do União, que jamais foi campeão estadual. “O Operário é apenas mais um clube, mais uma equipe de tradição. Favoritos são todas as outras. Nós vamos fazer o nosso trabalho”, comenta o técnico.

Sobre o condicionamento físico do elenco, Rodrigues elogia a preparação feita desde o início do mês. “A equipe está em 75% da forma física. Ao evoluir fisicamente, o grupo vai evoluir tecnicamente e taticamente”, completou.

Rodrigo Gral admite ansiedade e elogia técnico do União/ABC

Destaque do Galo no ano passado, quando a equipe foi eliminada nas semifinais para o Sete de Setembro, que viria a ser campeão, Rodrigo Gral evita o otimismo exagerado.

“Depois de quase um mês de trabalho, a expectativa é a melhor possível. A gente sabe da responsabilidade que é 20 anos sem título”, falou o meio-campista, ontem, antes da última preparação dentro de campo.

“A gente sabe que toda estreia tem momentos difíceis na partida”, fala o experiente jogador de 39 anos. Para ele, a tranquilidade será fundamental na noite de hoje.

“Futebol não tem mais bobo. O lado de lá tem grandes jogadores, um grande treinador, que é o Robert. Então [o empate] não é um resultado fora do comum se tratando de um campeonato difícil como este”, analisa.

Ele também alerta sobre as condições do palco da partida. “O campo foi liberado, mas o gramado está irregular ainda, bastante fofo, pesado”, diz Gral. “Tem de jogar com inteligência porque, como eles estudaram nossa equipe, a gente sabe e conhece a equipe deles, e vai ser um jogo difícil”, completou. (Com Luciano Shakihama)

Clube minimiza concorrência e crê em ‘fiel torcida’

A concorrência com a rodada do futebol nacional não é vista com preocupação pelo presidente do Operário, Estevão Petrallas, 56 anos. O dirigente espera pelo menos 1.500 torcedores hoje no retorno do time ao Morenão.

“O Operário tem uma particularidade. Sua fiel torcida”, acredita Petrallas, ao ser indagado se o fato de o jogo ser em dia de semana atrairia menos pessoas do que em uma partida de fim de semana.

Como exemplo, lembra o apoio dos torcedores durante o Estadual da Série B. A crença em um bom público, segundo o dirigente, também servirá como respaldo ao trabalho sério da diretoria.

Questionado sobre se reduziria o valor do ingresso, como fez o Comercial para o jogo de sábado (28), com o Novoperário, Petrallas disse ontem que os preços estão mantidos. Lembrou que há promoção para as mulheres, que pagarão meia-entrada (R$ 10).

Para a partida de hoje, às 20h45, a arquibancada custa R$ 20, cadeiras azuis e amarelas R$ 30, e cadeiras vermelhas, R$ 40.

Petrallas, que assistiu à estreia do Comercial, não esconde a motivação pela reabertura do Morenão. “Foi muito legal, estou muito feliz”, disse o presidente. A vitória colorada por 2 a 1 levou 2.483 torcedores ao estádio e registrou renda de R$ 21.360.

Para aumentar mais a presença da torcida, afirma que o clube trabalha para a liberação de bebida alcoólica dentro do estádio. (LS)

Fonte: O Estado/Luis Vilela Assumpção