‘Ocupa Brasília’ teve saldo positivo na avaliação de presidentes sindicais de MS
Por André Farinha Publicado 29 de maio de 2017 às 10:37
Parte dos comerciários de MS em Brasília (Foto: Reprodução)

O protesto ocorrido na última quarta-feira (24), em Brasília (DF), liderado pelas centrais sindicais e que contou com a participação de quase 200 mil pessoas ao longo do dia, foi positivo na avaliação dos presidentes da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul (Fetracom/MS), Pedro Lima, do presidente do Sindicato dos Comerciários de campo Grande e da Força Sindical de Mato Grosso do Sul, Idelmar da Mota Lima. Ao todo, 38 ônibus saíram do Estado para participar do ato ‘Ocupa Brasília’.

A manifestação aconteceu contra as reformas Previdenciária e Trabalhista e também exigindo a renúncia do presidente da República, Michel Temer (PMDB) e a convocação de ‘diretas já’ para novas eleições presidenciais. Segundo os presidentes sindicais sul-mato-grossenses, o protesto foi positivo e novas investidas semelhantes poderão ser novamente adotadas pela categoria contra as reformas que estão em curso no Congresso Nacional.

“Apesar da presença de vândalos, que promoveram quebra-quebra em órgãos e patrimônios públicos, o resultado da manifestação foi considerado positivo pois mostrou para o Governo e lideranças do legislativo que o povo brasileiro não aceita as reformas como estão sendo feitas, sem a participação popular e o que é pior, em detrimento dos interesses do trabalhador brasileiro”, afirmou Pedro Lima, presidente da Fetracom/MS, também presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados.

Para Idelmar da Mota Lima, o poder da força popular pode sim influenciar o Governo a tomar medidas coerentes. “Pressionamos e vamos continuar pressionando para que o povo brasileiro não pague por reformas que penalizam somente o seu lado, deixando outros segmentos importantes que poderiam colaborar para que tivéssemos, por exemplo, uma previdência em melhores condições”, comentou o presidente sindical.

“Não temos dúvida de que essa manifestação, nesse histórico dia 24 de Maio, foi decisivo para dar um novo rumo às reformas de forma que o trabalhador não pague essa conta”, comentou Clodoaldo Fernandes Alves, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Maracaju.