Obama diz que estratégia da Rússia na Síria é ‘receita para o desastre’
Por Redação Publicado 2 de outubro de 2015 às 17:19

Rússia iniciou ataques aéreos na Síria; o país é aliado de Bashar al-Assad.
Estratégia não diferencia Estado Islâmico de opositores sunitas, diz Obama.

A estratégia da Rússia na Síria, com o apoio do presidente Bashar al-Assad, é uma “receita para o desastre”, disse nesta sexta-feira (2) o presidente americano Barack Obama durante coletiva de imprensa. Mesmo criticando a estratégia russa, Obama disse que os EUA ainda podem trabalhar com Moscou para reduzir as tensões no paíse.

Segundo Obama, a estratégia da Rússia “não faz diferenças entre o Estado Islâmico e a oposição sunita moderada que quer a saída de Assad. No seu ponto de vista, todos são terroristas, e isso é uma receita para o desastre”, afirmou Obama.

Obama disse que não tornaria a guerra civil na Síria em uma guerra entre os EUA e a Rússia, já que os dois países lançam ataques aéreos em diferentes opositores ao regime de Assad.

“Isso não é um concurso de xadrez entre superpotências”, afirmou o presidente.

Ataques aéreos da Rússia
A Rússia, aliada do regime de Bashar al Assad,iniciou nesta semana ataques aéreos na Síria. Os alvos do Estado Islâmico começaram a ser atacados na quinta-feira, de acordo com fontes oficiais russas e sírias.

No entanto, ativistas e opositores sírios denunciaram que várias bases de grupos rebeldes, como o Exército Livre Sírio (ELS) e o Exército do Fatah, também foram alvo dos bombardeios russos em Idlib e Hama.

A Rússia informou nesta sexta que realizou uma nova rodada de ataques aéreos na Síria e atingiu 12 alvos do grupo terrorista Estado Islâmico desde a noite de quinta-feira (1º) nas províncias de Idlib, Hama e Aleppo, segundo a agência Reuters.

Também nesta sexta, os sete integrantes da aliança contra o Estado Islâmico no Oriente Médio (França, Alemanha, Catar, Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos) fizeram um pedido à Rússia para que não ataque a oposição política na Síria e concentre suas ações militares contra os jihadistas.

Fonte: G1