A Prefeitura Municipal espera concluir, dentro de um ano, o novo trecho do macroanel rodoviário de Campo Grande. A rota ligará as saídas para Rochedo, na MS-080, à saída para Cuiabá, na BR-163, diminuindo assim o fluxo de caminhões e carretas que cortam a cidade. A obra estava parada há mais de dois anos devido aos acordos judiciais para o pagamento das indenizações aos proprietários das áreas particulares por onde passará a estrada.
O trecho possibilitará a interligação entre a BR-163, MS-080, BR-262 (em Indubrasil) , passando pelo Núcleo Industrial, BR-060 (ligação com Sidrolândia, Maracaju, Dourados e Ponta Porã) e na outra ponta da BR-163, já na saída para São Paulo, passando em frente ao futuro terminal intermodal.
Segundo as informações, eram duas áreas (uma de 1,2 hectare e outra de 6 hectares) que ainda impediam o avanço das obras. Com a homologação do acordo judicial, a Prefeitura concluiu o processo desapropriação da última etapa do macroanel rodoviário. A indenização destas duas áreas vai custar em torno de R$ 600 mil ao Município.
Para que a construção da rodovia continue ainda é necessário que a Prefeitura receba a emissão de posse de tais áreas, o que não deve demorar muito. Ao todo, são 24 quilômetros e duas pontes sobre os córregos Botas e Ceroula, que já foram construídas. Mais de 68% da obra já está concluída; 87,30% da terraplanagem já foi feita; 63,55% da pavimentação e 72,97% da drenagem.
O traçado planejado atravessa 46 propriedades, tendo havido entendimento sobre indenização com 29 proprietários. Das 17 negociações levadas à Justiça, o Judiciário concedeu 15 liminares e garantiu a emissão em favor do município.
A construção do novo macroanel foi iniciada em 2011, mas parou nos últimos quatro anos, inclusive, o convênio com a construtora responsável venceu em Maio deste ano e precisou ser prorrogado por mais 12 meses pelo DNIT. Apenas o trecho restante está orçado em R$ 29,2 milhões, do valor total previsto para investimento, R$ 26.440.565,17 são de responsabilidade da União, enquanto o Município entrou com a contrapartida de R$ 2.827.949,02, basicamente destinada as despesas com desapropriações.
Houve ainda um aditivo de R$ 3.836.0971,16, que elevou o custo da obra para mais de R$ 30,9 milhões. Deste total, já foram aplicados R$ 21.719.181,03 e resta um saldo contratual de R$ 9.198.154,13.
A obra também sofreu atraso por exigência do DNIT, que pediu para a empresa responsável refazer um trecho. Ainda está programada a construção de uma rotatória na MS-010 e outra na BR-163, de responsabilidade da concessionária que administra a rodovia.