É ali, em meio a gigantes de concreto, que está a nova casa dos escritores e historiadores desta terra morena. Escondido e espremido no hall de entrada do centro da cidade, o prédio branco, de pilares que lembram os antigos templos gregos e romanos, desperta a atenção de quem cruza o final da rua 14 de Julho, na região do bairro São Francisco.

Se por um lado o escritor mais culto carece de um espaço calmo e tranquilo para desenvolver suas escritas, a Academia Sul-mato-grossense de Letras (ASL) está ilhada em meio ao oceano de carros, num vai e vem constante, com buzinas, ronco de motores, freadas e gritaria incessante – e ainda tem a agitação noturna que impera naquela região.

A sede da ASL foi inaugurada na sexta-feira (25), como parte das atividades alusivas ao aniversário de 118 anos de Campo Grande, comemorado neste sábado (26). No meio daquelas paredes existe um auditório para 240 pessoas, biblioteca com capacidade para quatro mil livros e salas administrativas para os 40 acadêmicos titulares da instituição.

O projeto teve um custo de aproximadamente R$ 2 milhões. O local vai ser utilizado também por estudantes, já que dispõe de um acervo literário único, com obras que retratam toda a história de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul. A entidade também edita a Revista Literária do Estado de Mato Grosso do Sul, com enfoque literário.