
Em Campo Grande algumas moradias em bairros mais afastados e de condições financeiras baixas, muitos sem asfalto, ainda não possuem a rede coletora de esgoto nas residências da população. Sem a rede de esgoto, as consequências são graves pela falta de saneamento básico, como contaminação da água potável, causando doenças gastrointestinais. Já os benefícios são muitos como controle de animais e insetos, coleta de lixo e qualidade de vida.
Informações da Prefeitura de Campo Grande constataram que de janeiro a março deste ano foram notificados 378 imóveis. Em 2016 neste mesmo período foram notificados 136 imóveis, sendo um aumento considerável.
Quando a rede de esgoto está disponível para conexão no imóvel, a concessionária Águas Guariroba entra em contato com o morador para ser realizado um contrato de prestação de serviço de esgotamento sanitário. É de responsabilidade do morador realizar a instalação da rede na propriedade à rede pública.
A Águas Guariroba realiza a obra de implantação da rede nas ruas e ramais dos imóveis, deixando disponível o terminal de ligação na calçada das residências. De acordo com a concessionária, a rede pública de esgoto está disponível para mais de 80% dos imóveis da Capital. Em Campo Grande, todo o esgoto coletado é tratado.
Maria Laerte da Silva, 49 anos, auxiliar administrativo, discorda que a responsabilidade de instalação da rede de esgoto deva ser do proprietário. “Eu já pago o valor do esgoto para a Águas Guariroba, ainda tiver que gastar para instalar o esgoto em minha casa. Já temos tantos impostos, a responsabilidade deveria ser da Prefeitura ou da Águas Guariroba”, reclama.
Maria da Conceição, 45 anos, autônoma, disse que pagou um valor alto para instalação da rede de esgoto. “Eu tive que pagar R$ 500 reais, para instalar o esgoto, acho esse valor abusivo, já temos que pagar tantas contas”, afirma.
Fiscalização
A Prefeitura de Campo Grande é responsável pela fiscalização de ligação clandestina de esgoto, se constatado é expedida uma notificação por não execução da ligação da rede interna à rede coletora de esgoto sanitário, com prazo de 15 (quinze) dias úteis para regularização. Caso o morador notificado não realize a conexão, poderá ser autuado no valor de R$ 402,10 a 2.010,50.
Para regularizar o morador deve desativar a fossa e sumidouro, encaminhar o esgoto para a rede pública coletora e manter o terminal de inspeção e limpeza, disponível para vistoria.
A Prefeitura disponibiliza um canal de atendimento denominado Disque Denúncia 156, que recebe as denúncias e repassa ao setor responsável para que a fiscalização seja realizada.
Joana Lima