O ditado popular é antigo e mais uma vez acabou prevalecendo: “Deus escreve certo pelas linhas tortas” e o Corumbaense veio buscar a vaga para a decisão do Campeonato Estadual, contra o Operário, em pleno Morenão, onde o time da “casa” jogava por dois resultados: podia empatar por qualquer placar ou perder desde que, a diferença fosse por um gol apenas.
Mas em campo, o que se viu foi uma partida totalmente com um Corumbaense mais voluntarioso e em busca constante da vitória maiúscula, contra um Operário mais apático, cujos principais jogadores sucumbiram diante da maior agressividade do time visitante.
O público não foi o esperado e bem abaixo daquele que assistiu em Corumbá, a vitória do mesmo Operário, que na ocasião venceu por 1 x 0. Na ocasião, mesmo com o tempo chuvoso na Cidade Branca, mais de 6 mil pessoas estiveram no estádio Arthur Marinho, contra 4.244 pagantes que proporcionaram uma renda de pouco mais dke R$ 24 mil, estiveram no Morenão.
O JOGO
A partida de dois tempos, sendo um de 55 minutos e o outro de 49 foi decidida no primeiro onde todas as emoções foram esgotadas. Jogo paralisado devido ao início de uma confusão generalizada que culminou com a expulsão de dois jogadores e os gols.
O árbitro Augusto Borges Ortega, teve muito trabalho na etapa inicial e distribuiu muitos cartões amarelos e dois vermelhos.
O Operário entrou em campo desfalcado do lateral direito Da Silva e o técnico Celso Teixeira escalou para o seu lugar, Paulinho, um dos dois expulsos na partida ao lado do zagueiro Rafael, do Corumbaense.
Com a bola rolando o time da Cidade Branca surpreendeu o Galo da capital que se viu encurralado com os constantes ataques, no entanto, coube ao Operário, a cobrança do primeiro escanteio do jogo, isso aos 15 minutos; aos 19, Válber deu o primeiro chute contra o gol de Diego, mas sem nenhum perigo.
Com o placar ainda em branco, o time do Operário usou da “cera” e a mínima jogada era motivo pra o jogador envolvido cair e ficar no gramado. Aos 21, por exemplo, foi a vez do lateral esquerdo Luis Jorge usar desse artificio.
Aos 25 o início da confusão que por pouco não prejudicou o espetáculo. Tudo começou com a agressão do jogador Válber, que recebeu apenas o cartão amarelo. Na sequência, Agnaldo acertou por duas vezes, com tapas, o rosto de Mutuca. Pronto a confusão estava formada.
Depois de dez minutos de paralisação, a partida foi reiniciada e o que se viu, foi um Corumbaense totalmente disposto a liquidar a fatura, o que acabou acontecendo.
O primeiro gol, aconteceu aos 35 minutos, com Rodrigo que aproveitou a “bobeada” do miolo de z\aga do time campo-grandense,para abrir o marcador; aos 38, Willian ampliou. aos 40 minutos, Válber foi derrubado pelo goleiro Diego, do Corumbaense e o árbitro apontou corretamente, o pênalti que na primeira oportunidade foi perdida por Rodrigo Gral, que se recuperou com a defesa de Diego e diminuiu para o time do Operário, placar esse que dava a vaga para o time alvinegro da capital chegar à decisão, mas aproveitando as falhas do miolo da zaga do Operário, Juninho, aos 41 marcou o terceiro gol do time da Cidade Branca, placar esse que permaneceu até o fim do jogo.
SEGUNDO TEMPO
No segundo tempo, com dez jogadores em campo igual ao Operário, o Corumbaense recusou, mas de forma organizada e buscou os contra-ataques. No Galo, os jogadores de exponencias importância, sentiram talvez o peso da responsabilidade e acabaram sumindo no decorrer do jogo. Foi assim com Agnaldo, que acabou sendo substituído; Rodrigo Gral, igualmente a Wilson e Igor Vilela, também não apareceram e coube apenas ao goleiro França, evitar o quarto gol do time visitante, quando Tuía, que entrou no lugar de Kareca, pegou de voleio para linda defesa do arqueiro operariano.
Final Corumbaense 3 x 1 e após 33 anos, o time da Cidade Branca volta a disputar uma decisão no Campeonato Estadual,que de acordo com o regulamento, será de novo no estádio Arthur Marinho, pois a equipe tem agora, a melhor campanha.