A série “Natasha”, que está sendo filmada em Dourados, traz à tona as questões de gênero e diversidade sexual.
A trama mostra Leona, Inês e Nicole, que encontraram na participação de um concurso de beleza a solução para homenagear Natasha, a amiga que foi assassinada. Natasha é uma travesti que estava se prostituindo para participar do concurso “Raio do Sol do Pantanal”. Era o sonho dela e, depois de sua morte, as amigas resolvem que vão para esse concurso, de Kombi, de Dourados a Cuiabá (MT).
Esse é o enredo de “Natasha”, escrita por Antony Magalhães, que vai falar da jornada de quatro personagens, uma lésbica (Monique, a motorista), uma transexual (Inês), uma travesti (Leona) e uma drag queen (Nicole). É uma jornada de autoconhecimento, elas são obrigadas a lidar com o preconceito e a falta de conhecimento da sociedade, além das dificuldades de se pegar estrada sem dinheiro e sem saber o que as espera.
O projeto para realização da série foi aprovado no edital para criação de conteúdo para TVs Públicas, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro (Prodav) 10, da Agência Nacional de Cinema (Ancine). A produtora Plug, de Dourados foi contemplada com esse investimento, ao fim da produção, “Natasha” terá 13 episódios e será exibida em mais de 200 TV’s públicas.
É a segunda série feita pela produtora. No ano passado, foi gravada a série “Guateka”, que em cinco episódios, conta o início da carreira do grupo de rap indígena Bro MC’s e estreará em maio.
Para a gravação de “Natasha”, foi respeitada a diversidade e cada personagem é interpretada pelos atores de acordo com a sua identidade de gênero, Ona Silva, travesti, interpreta Leona, Naomi Neri, transexual, vive Inês, Diego Bernardino, drag queen, encarna Nicole e Valéria Diniz, lésbica, está na pele de Monique.
“Escolhemos gravar em Dourados, porque ela é a nossa cidade. É aqui que a Plug Produções foi fundada. Queremos mostrar que pessoas trans, lésbicas, travestis existem sim, devem ser respeitadas e inseridas no mercado de trabalho e na sociedade”, afirma o diretor Thiago Rotta.
Fonte: O Progresso