‘Não pode ser rotina’, diz sindicato sobre mortes de policiais em MS
Por Redação Publicado 8 de julho de 2015 às 09:24

Para a família do policial civil Weslen de Souza Martins, um ano e quatro meses não foram suficientes para a aliviar a dor da morte. Martins foi morto durante um assalto a uma farmácia em Campo Grande, em março 2014.

O assassino atirou no investigador também morreu no mesmo dia, em confronto com a polícia. Um outro suspeito envovlido no crime foi preso. O sentimento é de revolta para o irmão da vítima, que também é policial civil.

Uma lei sancionada pela Presidência da República quer mudar essa realidade. Torna crime hediondo e qualificado o assassinato de policiais civis, militares, rodoviários e federais, além de integrantes das forças armadas. A pena que era de 6 a 20 anos subiu para 12 a 30 anos.

Na semana passada em Tacuru, no sul do estado, o policial civil José Nivaldo de Almeida foi morto por um homem armado. O suspeito, conhecido da polícia, tem 27 anos e está foragido.

Os dados de morte de policiais preocupam. Entre 2014 e 2015, cinco policiais civis morreram em Mato Grosso do Sul durante o exercício da profissão.

Nos últimos quatro anos, foram 21 policias militares que perderam a vida no estado em confronto com bandidos.

A aplicação da lei é retroativa, por isso, a punição mais rigorosa será válida apenas para os crimes a partir de agora. A lei também protege cônjuges e parentes até o terceiro grau de policiais. Para a categoria, a mudança representa um avanço, porque pode diminuir a estatística que tanto preocupa os policiais.

O sindicato dos policiais civis diz que só a mudança na legislação não basta para resolver o problema. “A gente precisa de investimentos em segurança pública, no policial, naquele que está portando aquela arma, aquele distintivo, porque os crimes contra os policiais não podem ser rotina”, ressaltou o diretor do Sinpol/MS, Giancarlo Miranda.

Fonte: Correio do Estado