
Zagueira da seleção brasileira diz que equipe europeia sabia de sua capacidade diante de um time tão importante quanto os EUA
Na terça-feira, às 13h (de Brasília), no Maracanã, a seleção brasileira terá pela frente um time que já goleou por 5 a 1, mas também o mesmo que eliminou as americanas, atuais campeãs mundiais e olímpicas. Mônica classificou o duelo como difícil e rebateu a acusação da goleira Hope Solo, que acusou as suecas de serem covardes logo após a eliminação.
– Terça-feira vai ser difícil de qualquer jeito. Eu não acho que elas foram covardes não. Elas foram inteligentes por terem respeitado uma equipe tão importante quanto os Estados Unidos. Elas sabiam da capacidade delas e fizeram isso até o final. Terça vamos esperar a mesma coisa. Acredito que elas vão achar oportunidades através dos nossos erros para buscar um resultado positivo assim como nós diante delas – disse Mônica.
Foi justamente uma vitória diante das próximas adversárias que arrebatou os brasileiros que ainda tinham resistência em relação à seleção feminina. Mas a zagueira lembra que não é preciso haver essa comparação com o masculino até porque muitas delas decidiram ser atletas quando viram grandes jogadores pela TV. Comentou ainda que a garra demonstrada por elas não chegou agora. Elas sempre foram assim, mas que agora foram vistas em meio a uma competição com destaque universal.
– Tenho certeza que nós sempre tivemos essa vontade, nós sempre tivemos essa garra. Nós jogamos dessa forma. A diferença é que agora a gente está sendo vista. A gente teve o privilégio dessa Olimpíada ter sido no Brasil. Está todo mundo assistindo. Agora estão vendo o que nós realmente somos, mas somos o tempo todo dessa forma. É claro que o foco vai estar mais no futebol porque o brasileiro é apaixonado. Essa comparação não deve existir porque cada um tem seu valor. A gente ama o futebol por causa deles. A gente joga porque vimos eles brilharem na TV. Cada um tem seu momento e a gente tem que torcer para eles. O brasileiro sempre quer o resultado positivo. E no começo do torneio a gente trouxe o resultado positivo. Então, a torcida ficou feliz e começou a gostar, se apaixonar. É natural. Quando a gente é criança, a gente torce pelo que está ganhando.
Ela ainda lembrou do menino que riscou a camisa com o nome de Neymar e escreveu Marta por cima. Afirmou ficar feliz por uma criança sentir orgulho de exibir o nome da camisa 10 e não do astro do Barcelona.
– Ver um menino que está acostumado com Neymar pegar e escrever o nome da Marta e ter orgulho daquilo com uma inteligência muito grande para a idade dele. Fiquei feliz. Talvez seja o início da evolução da modalidade.
Saída da Vila olímpica
– A importância de nós estarmos aqui é a gente ter uma elimentação mais regrada até pela reta final dos jogos. Ter um tempo maior de descanso. Tudo que o hotel nos permite. Aqui é só um pouco mais regrado.
– Aqui a gente tem uma alimentação um pouco mais regrada. Os médicos podem controlar o que é servido para nós. Na Vila, a gente se alimenta do que está à disposição. Aqui podemos controlar um pouco mais para acelerar essa recuperação.
Significado do ouro
– A medalha de ouro significa para nós tudo na modalidade. Ela pode nos presentear ainda com um futuro melhor não só para nós como para uma geração que está chegando. Servirá para sermos melhor vistas e tenhamos um pouco mais de valor. No nosso país, a gente precisa do resultado para que as coisas cresçam e aconteceçam.
Medo da Suécia, que eliminou os EUA?
– Assustadas não. Talvez surpresas. Mas o futebol é isso aí. Em uma partida você tem a chance de conquistar ou sair com resultado negativo. A Suécia foi disciplinada até o final e foi muito feliz nas cobranças. Saiu com um resultado positivo diante de uma seleção tão respeitada quanto os Estados Unidos.
Postura adversária na terça-feira
– Eu não espero que elas tenham essa postura. Acredito que elas virão com essa postura mais fechada. Talvez pelo primeiro jogo que tivemos. Acho que não podemos nos basear em um jogo que elas tiveram para projetar um resultado positivo para nós. A gente precisa colocar o nosso trabalho dentro de campo e dentro da partida achar maneiras de achar o gol.
Música tema do Brasil
– Dentro do vestiário a gente sempre escolhe várias músicas que estejam sempre com a gente. Mas desde o começo, a gente sempre teve uma que se chama “Moleque Atrevido”. É uma música que nos representa e tem nossa cara.
Fonte: ge