Milho cai ao menor nível em 9 meses após projeção de área maior nos EUA
Por Redação Publicado 5 de abril de 2016 às 13:01

Os papéis do milho que vencem em junho caíram 4,5% na bolsa de Chicago e fecharam a US$ 3,5575 o bushel

A possibilidade de uma robusta safra de milho nos Estados Unidos na temporada 2016/17 se somar às reservas já historicamente elevadas do grão no país fizeram os preços internacionais da commodity caírem aos menores níveis em nove meses ontem. Os papéis do milho que vencem em junho caíram 4,5% na bolsa de Chicago e fecharam a US$ 3,5575 o bushel. Foi o menor valor para um contrato de segunda posição na bolsa desde 15 de junho do ano passado.

A desvalorização foi reflexo da projeção, divulgada ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de que o plantio de milho nos EUA ocupará uma área de 37,88 milhões de hectares, alta de 6% em relação à safra atual e bem acima das expectativas do mercado. Se confirmada, será a maior área semeada desde 2013 e a terceira maior desde 1944, quando começou a série histórica.

Maior produtor de milho do mundo, os EUA planejam expandir o cultivo do cereal mesmo em um cenário de cotações pressionadas porque ainda vêm um retorno maior do que em outras culturas, tais como a soja.

Embora ainda seja precipitado auferir como será a produtividade, o aumento de área plantada com milho favorece uma colheita ainda maior na próxima temporada. Esse volume deve se somar às reservas elevadas nos EUA, que em 1 de março eram de 198,33 milhões de toneladas, conforme reportado também ontem pelo USDA. O volume é ligeiramente maior que o registrado na mesma época do ano passado (196,85 milhões de toneladas) e chegou próximo à média das apostas dos analistas (198,63 milhões de toneladas).

No relatório divulgado, o USDA também estimou que a área a ser plantada com soja será de 33,27 milhões de hectares (queda de 1% ante a safra atual), enquanto o cultivo de trigo deverá ocupar 20,07 milhões de hectares (9% a menos), sendo 4,57 milhões de hectares de trigo de primavera.

Avisite

fonte: Portal do Agronegócios