Medalha de bronze: a última de Usain Bolt nos 100m
Por André Farinha Publicado 5 de agosto de 2017 às 18:50
Gatlin reverencia Bolt ao final da prova (Foto: Reuters)

Para ser uma lenda, em qualquer atividade que seja, não basta apenas conquistar o maior número de títulos, quebra todos os recordes possíveis ou liderar o ranking por maior tempo, está mais além do que isso, é necessário conquistar o respeito de seus rivais e adversários. E foi com reconhecimento e reverências ao mito Usain Bolt que o velocista americano Justin Gatlin celebrou a sua segunda conquista no Mundial dos 100m.

Neste sábado (05) ele conseguiu superar o jamaicano, um dos maiores de todos os tempos na modalidade esportiva, e mudar o foco dos holofotes, já que todos no Estádio Olímpico de Londres, Inglaterra, acompanhavam atentamente os últimos passos da lenda. Bolt despediu-se não como merecia, largou mal, não conseguiu alcançar seus rivais e terminou a prova, a última nos 100m, com um modesto terceiro lugar.

Gatlin, que era apenas um personagem à parte naquela fileira de velocistas, ignorou todas as vaias que recebeu do público presente e sagrou-se campeão. De quebra, tornou-se o homem mais velho a conquistar o título nos 100m, o segundo de sua carreira, o primeiro foi em Helsinque, no ano de 2005. Ele também bateu a sua melhor marca no ano, 9s92, três centésimos a mais que Bolt, 9s95. Entre eles, em segundo lugar, ficou Christian Coleman, com 9s94, excelente número para um estreante.

Com a aposentadoria das pistas, Usain Bolt não conseguira se tornar, ‘oficialmente’, o maior velocista de todos os tempos. Os lendários Carl Lewis e Maurice Greene também conquistaram três títulos cada, e são, ao lado do jamaicano, os maiores vencedores da mais clássica prova do atletismo, os 100m.

O próximo compromisso do mito Bolt será no próximo sábado (12), quando ele disputará, também pela última vez, o revezamento 4x100m. A Jamaica busca o pentacampeonato da prova. As eliminatórias serão às 6h55 (DF) e a final às 17h50 (DF).