Lionel Messi é condenado à prisão
Por André Farinha Publicado 24 de maio de 2017 às 10:39
Lionel Messi, atacante do Barcelona e da seleção Argentina (Foto: REUTERS / ALBERT GEA)

O jogador argentino Lionel Messi foi condenado à prisão. O Tribunal Supremo da Espanha condenou o atacante, um dos melhores jogadores de futebol do mundo na atualidade, a 21 meses de prisão. No entanto, o atleta não deverá ficar atrás das grades, uma vez que no país europeu quando alguém é condenado a menos de 24 meses de prisão, se cumpre a condenação em liberdade – desde que o réu não tenha antecedentes criminais ou esteja envolvido em outros delitos.

O Tribunal Supremo da Espanha confirmou, na manhã desta quarta-feira (24), a condenação para Messi e seu pai por crimes fiscais. O atacante recorreu do caso na Audiência de Barcelona, mas o órgão considerou que ambos cometeram fraudes em declarações para a Fazenda sobre receitas com direitos de imagem do jogador. O valor ocultado seria de € 4,1 milhões (R$ 15 milhões), que foram desviados para paraísos fiscais. A punição para o craque, além da prisão, também impõe o pagamento de uma multa de € 2,093 milhões (R$ 7,6 milhões). A sentença é definitiva, não cabe recurso.

O Tribunal definiu a pena de Messi da seguinte forma: sete meses de prisão e multa de € 532,3 mil por fraude no imposto de renda do exercício 2007; sete meses de prisão e multa de € 792,3 mil por fraude no imposto de rende referente ao ano de 2008; e mais sete meses de prisão e multa de € 768.3 mil por fraude no imposto de renda de 2009.

O pai e empresário de Messi, Jorge Horacio Messi, foi condenado a 15 meses de prisão por colaboração com as investigações e por devolver para a Fazenda parte dos recursos que não foram declarados. Durante o processo, Messi declarou que não se preocupava com as questões fiscais, pois deixava tudo nas mãos do seu pai e advogados. E que em nenhum momento passou pela sua cabeça ter qualquer tipo de problema por conta deles.

A Audiência Nacional em Barcelona susteve em sua sentença que Lionel Messi atuou com “ignorância deliberada por evitar se informar sobre o que estava a seu alcance”. “Eu me dedicava a jogar futebol. Confiava em meu pai e nos advogados que tínhamos decidido que acertariam as coisas. Em nenhum momento me passou pela cabeça que iam me enganar”, dissera o atacante.