
Certamente, o nome Antônio Carlos Senefonte só será reconhecido pelos mais fás mais próximos, o apelido, Kid Vinil, é a forma mais simplificada para identificar o músico, que também foi apresentador de televisão e radialista. Kid Vinil morreu nesta sexta-feira (19), aos 62 anos, idade considerada ‘nova’ para os tempos modernos. Morreu ativo, como acontece com todas as lendas musicais, estava internado em São Paulo (SP) há cerca de um mês, após passar depois de um show na cidade de Conselheiro Lafaiete (MG).
Conforme a imprensa nacional, Kid Vinil foi levado a um centro médico da cidade mineira, depois foi transferido de helicóptero para o Hospital da Luz, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Em seguida, foi para o Hospital TotalCor, onde morreu na tarde desta sexta-feira. Kid era diabético e sofreu uma parada cardíaca no dia 16 de abril. Ele chegou a ser colocado em coma induzido.
O último show do artista, em um clube de Conselheiro Lafaiete, contou com participações especiais de Kiko Zambianchi e Ritchie, Eles cantaram diversos sucessos da década de 80. Nos últimos dias, amigos afirmaram nas redes sociais que o quadro do cantor tinha se agravado e pediram orações por sua recuperação.
Na banda de rock/pop Magazine, Kid Vinil, ao lado de Ted Gaz, Lu Stopa e Trinkão, marcaram gerações com os sucessos “Tic Tic Nervoso”, “Sou Boy” e “A Gata Comeu”. Músicas que são tocadas até hoje, apesar do quarteto ter encerrado suas atividades em 2004, após idas e vindas. O próprio Kid saiu e retornou para a banda várias vezes, sempre com projetos musicais paralelos.
Desde a saída da banda, Kid Vinil se dedicou ao projeto Kid Vinil Xperience. Seu último trabalho, o EP Kid Vinil Xperience, foi lançado em 2014.
Na televisão, participou do programa “Boca Livre”, na TV Cultura. De 1989 a 1993, apresentou o “Som Pop”, da mesma emissora. Ainda nos anos 1990, tornou-se VJ da MTV, onde trabalhou de 1999 a 2001.
Em 2008, lançou o livro “Almanaque do Rock”, que contava um pouco da trajetória do rock desde os anos 1950. Tinha planos de escrever mais um livro. Em 2015, teve sua história contada na biografia “Kid Vinil: um herói do Brasil”, escrita pelo jornalista Ricardo Gozzi e pelo guitarrista e produtor musical Duca Belintani.
Seus trabalhos mais recentes foram como DJ em festas por todo o Brasil, trabalho que desenvolvia desde a década de 1980, além de comandar um programa semanal na Rádio Rock 89FM (SP), desde 2015.