Giovanna Junqueira, de 19 anos, sofreu acidente de carro em Santos.
Ela conta que sofre com os olhares das pessoas por causa do problema.
A jovem vítima de um grave acidente em Santos, no litoral de São Paulo, enquanto voltava para casa após uma balada, continua em tratamento intensivo para se recuperar completamente. Giovanna Cardoso, de 19 anos, foi diagnosticada com paralisa facial e perdeu os movimentos de um lado do rosto. O namorado dela morreu durante a colisão.
Giovanna bateu a cabeça durante o acidente e sofreu uma grave lesão no crânio. Com o lado esquerdo do rosto paralisado, ela passa por tratamentos com vários especialistas. “Eu estou meio surda. Não sei se vou precisar fazer uma cirurgia daqui a dois ou três meses. Tenho que esperar para ver se o meu organismo vai conseguir se restabelecer”, conta a jovem.
Giovanna ficou 10 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou por vários tipos de tratamento. Por causa da gravidade do estado, ela só soube da morte do namorado após ter recebido alta. “Ainda estou fazendo repouso. Meu neurologista não permitiu fazer exercícios, nem voltar a estudar. Estou vivendo para a minha recuperação”, comenta.
Por conta do forte acidente e a pancada que teve na cabeça, a vítima ainda sofre com tonturas. No dia do acidente seu namorado, Raymond Taufik Hollo Filho, de 27 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Raymond dirigia pela Avenida Perimetral, no sentindo Ponta da Praia, quando perdeu o controle do carro, ao se aproximar de uma curva, e se chocou contra um poste. Ele ainda tentou frear, mas não evitou a colisão.
Até um dia antes de receber alta do hospital, no dia 23 de julho, Giovanna não sabia que o namorado havia morrido. Ela recebeu a notícia por meio de uma psicóloga que acompanhou todo o caso. “Agora estou caindo na realidade. Está sendo muito difícil e choro sozinha. O Raymond me apoiava em tudo, me ajudava, ele era meu verdadeiro companheiro. Hoje conto com a ajuda da minha mãe e minhas amigas, que tentam me animar todos os dias”, ressalta.
Para ajudar a combater a paralisia, o acompanhamento está sendo feito por uma fonoaudióloga, além de sessões de fisioterapia e apoio de uma otorrinolaringologista em São Paulo. “Os meus médicos disseram que estou 80% recuperada”, explica.
Após voltar a conviver com outras pessoas e começar a se recuperar, Giovanna conta que todos a olhavam com pena. “Era engraçado. Eu ia às lojas e as vendedoras me olhavam de um jeito estranho. Eu nem ligo. O importante é que eu estou viva. Sei que o meu sorriso ainda não está perfeito mas estou me recuperando a cada dia e vou melhorar”, finaliza.
Fonte: G1