Em uma tarde de domingo, há exatamente 49 anos a TV Record estreou um programa voltado para os jovens da época. A ideia surgiu quando o regime militar proibiu a transmissão de jogos futebol aos domingos, obrigando as emissoras a procurarem alternativas para o horário. O Brasil, assim como boa parte do mundo vivia o auge da Beatlemania.
As bandas de rock, ou iê,iê,iê – alusão ao “yeah, yeah, yeah”dos Beatles – pipocavam pelas garagens. Os primeiros sons do rock psicodélico já começavam a aparecer pelos lados de San Francisco (EUA), mas no Brasil ainda era aquele rock inocente e romântico que imperava.
Artistas como Roberto, Erasmo e Wanderlea eram os astros dos adolescentes. Foram justamente eles os convidados pela Record para apresentar o “Jovem Guarda”. O que poucos imaginavam é que, muito mais que um programa de televisão, aquilo se tornaria a marca de um período. Como tudo que é novo, gerou controvérsias. Muita gente que fazia parte do lado mais purista da música brasileira não gostou de ouvir o som das guitarras elétricas, achando que aquilo poderia tirar a identidade da nossa música.
O fato é que até hoje, relembramos as músicas e os artistas que se consagraram nos três anos em que a “Jovem Guarda” ficou no ar. Os próprios artistas que surgiram depois do período reverenciam seus ídolos, com versões de grandes sucessos do período. Relembre alguns deles:
Roberta Miranda – “Eu Te Amo, Eu Te Amo, Eu Te Amo” (Roberto Carlos)
Blitz – “Biquini de Bolinha Amarelinha” (Celly Campello) (ok, essa surgiu antes da “Jovem Guarda”, mas se encaixa bem no contexto)
Ira! – “Você Não Serve Pra Mim” (Roberto Carlos)
Luiza Possi – “Coração de Papel” (Sergio Reis)
Leo Jaime – “Gatinha Manhosa” (Erasmo Carlos)
Kid Abelha – “Pare o Casamento” (Wanderlea)
Fonte: Portal Sucesso!