José Dirceu é condenado a 11 anos e 3 meses na Lava Jato
Por Redação Publicado 8 de março de 2017 às 12:36

Em maio de 2016, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula já havia sido condenado a 23 anos e 3 meses de prisão

O ex-ministro Casa Civil, José Dirceu, foi condenado mais uma vez no âmbito da Operação Lava Jato – dessa vez, na sentença do juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, Dirceu cumprirá 11 anos e 3 três pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Nesta ação penal, Dirceu foi condenado por ter recebido propinas no valor de 2,1 milhões de reais para favorecer um contrato com da empresa Apolo Tubulars para fornecimento de tubos para a Petrobrás entre 2008 e 2012.

Em maio de 2016, o ex-ministro foi condenado a 23 anos e 3 meses pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa na participação do esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras. Na sentença, Moro apontou que Dirceu recebeu 15 milhões de reais em propinas. Essa quantia foi paga à empresa do petista, a JD Consultoria. Dirceu foi preso em agosto de 2015 durante a 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada da Pixuleco. Somadas, as penas de Dirceu chegam a 34 anos e 6 meses.

Na sentença, Moro reduz a pena em seis devido a José Dirceu ter mais de setenta anos.

Além do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu, foi condenado a 6 anos e 8 meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ao total, sete réus foram denunciados, Moro, porém, condenou cinco, incluindo Dirceu e seu irmão, e absolveu Paulo Cesar Peixoto de Castro Palhares e Carlos Eduardo de Sá Baptista.

Segundo os procuradores, o valor total de propinas ultrapassam 7 milhões de reais e Renato Duque, diretor de serviços da Petrobras, subordinado a Gerência de Materiais, encarregada pelo processos de licitação da Petrobras, viabilizou a contratação da Apolo Tubulars para “fornecimento de tubos com valor inicial de R$ 255.798.376,40, que foi maximizado para o valor de R$ 450.460.940,84”. Segundo a sentença, os valores de propina já estavam incluídos no total do contrato.

Fonte: Veja.