Jogador presta mais esclarecimentos sobre caso de estupro coletivo no Rio
Por Redação Publicado 8 de junho de 2016 às 09:53

O jogador de futebol Lucas Perdomo chegou por volta das 10h50, desta quarta-feira (8), na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), para prestar um novo depoimento no caso da menina de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo em uma comunidade do Rio de Janeiro. Segundo a advogada de Lucas, Renata Barcellos, são novos esclarecimentos para um complemento das investigações, já que, a cada hora, surgem novos indícios na investigação.

Lucas chegou a ser preso e levado para o presídio de Bangu na semana passada, mas foi liberado na sexta (3) por falta de provas de que ele tivesse participado do estupro coletivo da menina. O resultado da perícia feita no celular de Raí de Souza, um dos presos acusados de cometer um estupro coletivo, revelou que havia quatro homens na cena do crime — e não três, como suspeitava a Polícia Civil do Rio. O laudo aponta para quatro vozes masculinas no local.

A perícia foi realizada no vídeo que foi divulgado em redes sociais, o primeiro. Depois, novas imagens foram descobertas e confirmaram que a adolescente foi violentada, exibido em primeira mão pelo Fantástico. Ainda de acordo com o laudo, o aparelho celular passou na mão de duas pessoas que estavam na cena do crime.

Segundo a polícia, a suspeita é de que estivessem no local: Raí de Souza (já preso), Raphael Duarte Bello (já preso) e Jefinho (foragido). O quarto homem pode ser o traficante Moisés Lucena, conhecido como Canário, já que ele foi reconhecido pela jovem.

Atualmente preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, Raí disse inicialmente para a polícia que tinha destruído seu celular onde foi gravado o vídeo da menor estuprada nua, sendo tocada por um homem, com vozes de outros suspeitos ao fundo. Com a recuperação do aparelho, na sexta-feira (3), os agentes descobriram um segundo vídeo do estupro coletivo, durante o qual a menor tenta inclusive resistir às agressões.

Os investigadores chegaram ao aparelho ao descobrirem que um dos amigos de Raí tinha uma foto com o jogador de futebol Lucas Perdomo, solto na sexta-feira por falta de provas, e Raí, com as mesmas roupas com as quais ambos foram presos no último dia 30 de maio.

No áudio do vídeo, Raí e Raphael insinuam que mais de 30 homens participaram do crime. A polícia acredita que este número possa não ser real. Os 30 seriam uma referência a um funk famoso na região, de MC Smith.

Suspeitos presos
Raí e Raphael estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Ao todo, cinco suspeitos estão foragidos.

“Eles vão responder pelos dois crimes. Pelo estupro e pela produção e divulgação de imagem de criança e adolescente. Que seja uma pena exemplar para mostrar para a comunidade que existe lei e que a lei quem faz é o Estado”, contou Cristiana Bento.