Na próxima reunião do colegiado, marcada para a tarde desta quarta-feira (05), os cinco integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vão votar sobre a dilação do tempo que a empresa J&F, holding que controla a JBS, solicitou para enviar a documentação pedida há duas semanas pelo presidente, deputado Paulo Corrêa (PR).
A investigação, aberta no mês passado, objetiva aos deputados estaduais a oportunidade de analisarem os incentivos fiscais concedidos pelo Governo de Mato Grosso do Sul à empresa. O beneficio fiscal é alvo de denúncias de irregularidades citados pelos empresários Joesley e Weslley Batista, donos da JBS, em delação premiada.
A intenção da CPI é cruzar os dados existentes nos TAREs (Termos de Ajustamento de Regime Especial) para ver se batem com os apresentados pelo Estado. A princípio, os trabalhos vão durar 120 dias, ou seja, quatro meses, e o período pode ser ampliado caso necessário. A estimativa é de que sejam gastos até R$ 30 mil mensais com a investigação.
Nesta terça-feira (04), o presidente Paulo Corrêa (PR) disse que é contra qualquer ampliação [do prazo de entrega] – a empresa pediu 45 dias sob a justificativa de que vários órgãos da Justiça têm solicitado cópias de documento nas últimas semanas em razão do acordo de delação premiada.
Corrêa entende que, quando citou os termos firmados com o Estado na delação premiada, a JBS já deveria estar com toda a documentação disponível. O pedido de ampliação do prazo para entrega de documentos por parte da JBS dividiu a opinião dos membros da CPI. O presidente da investigação fez a solicitação para entrega dos documentos há duas semanas e o prazo terminou na segunda-feira (03).