Suspeito e testemunhas já foram ouvidas e polícia aguarda laudo para finalizar inquérito
A Polícia Civil aguarda o laudo do exame de corpo de delito do menino de 10 anos, suspeito de ter sido estuprado por um pastor, de 59 anos, para encaminhar o inquérito a Justiça. O caso aconteceu na segunda-feira (17), na casa da avó da criança, no bairro Buriti em Campo Grande.
O titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Paulo Sério Lauretto, disse ao Portal Correio do Estado que recebeu o inquérito, mas que todas as oitivas já foram feitas pelo delegado Reginaldo Salomão, plantonista que registrou a ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga.
Conforme Lauretto, o suspeito e testemunhas foram ouvidas por Salomão e não há necessidade de novas oitivas. O caso deve ser encaminhado à Justiça no prazo de 10 dias. O pastor continua preso e foi pedida a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva.
O CASO
O estupro teria ocorrido por volta das 20h. O pastor é tio-avô da criança e ao delegado, confessou ter cometido o abuso “pela glória de Deus”.
De acordo com informações do delegado Reginaldo Salomão, os pais do menino tinham compromisso, por isso o deixaram aos cuidados de um primo, de 23 anos, no imóvel da avó, juntamente a outras duas crianças, moradoras na residência. No local, também estava o tio-avô do menino.
Por volta das 20h, o rapaz sentiu falta dos primos e foi procurá-los no quintal. Não os encontrou e, ao entrar novamente, viu as duas crianças, que residem no local, olhando pela fechadura de um dos quartos, agitadas. Ao abrir a porta, flagrou a violência sexual. O primo chamou os pais, que, imediatamente, foram até à delegacia denunciar o fato.
Equipe de investigadores foram ao endereço e prenderam o pastor, que não apresentou resistência e, ao delegado, confessou ter cometido o crime. Ele disse que prometeu um chinelo em troca do favor sexual, além de prometer deixar a criança passar a noite jogando videogame.
Em depoimento, o pastor preferiu o silêncio e disse, apenas, que cometeu o ato “pela glória de Deus”. O menino foi examinado por médico legista e constatado que havia ferimentos e sangramento no órgão genital dele, compatíveis com a violência.
O criminoso, segundo o delegado, já havia sido preso, também por estupro de vulnerável, em 2009.
Fonte: Correio do estado